São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 2006

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PAINEL

Sem refresco
A artilharia da oposição vai mirar diretamente em Lula, sem anteparos. Amanhã, a CPI dos Bingos ouve o compadre do presidente, Roberto Teixeira. Na quarta, pefelistas e tucanos tentarão votar requerimento para convocar Lurian, filha de Lula.

Ordem no plenário
O governo quer que Renan Calheiros (PMDB-AL) fixe regras claras e rígidas para a sabatina de Márcio Thomaz Bastos. Uma sessão conjunta de deputados e senadores é vista como senha para a bagunça e será combatida por não ter amparo regimental nem precedente político.

Com lupa
Senadores tucanos e pefelistas dividiram os depoimentos dados à Polícia Federal sobre a quebra de sigilo de Francenildo Costa para ler no feriado. A ordem é encontrar contradições que comprometam Bastos.

Sujeito a multa
O procurador-geral da República, Antonio Fernando, decidirá se acata ou arquiva representação do PT contra Geraldo Alckmin (PSDB) por crime eleitoral pelo aumento dos gastos em publicidade da Nossa Caixa.

Novo desencontro
Alckmin disse que soube há dois anos dos problemas com a publicidade da Nossa Caixa e determinou uma sindicância. O banco só veio a nomear a comissão em 30 de junho de 2005.

Rédea curta
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), advertiu Lula sobre o risco de deixar "correr solta" a negociação com o PMDB. Mesmo sem aliança, disse, o partido será vital num eventual segundo mandato.

Foco de incêndio
Lula pediu a Ricardo Berzoini que resolvesse um problema urgente: quer que o PT pare de atacar o candidato peemedebista ao governo de Goiás, Maguito Vilela, aliado fiel do Planalto.

Guerra aberta
A ala oposicionista do PP procura um modo de obrigar Pedro Corrêa (PE), cassado, a deixar a presidência do partido. O caminho deverá ser outra legenda requerer, na Justiça, o fim do repasse do fundo partidário ao PP.

Na marra
A alegação para tentar cortar o fluxo de recursos é que, inelegível, Corrêa fica, também, proibido de gerir dinheiro público. A solução drástica só foi acenada porque o ex-deputado ainda se recusa a deixar o posto.

Mais desgaste
Não bastasse a demora em decidir se acata ou não o pedido de aposentadoria por invalidez de José Janene (PR), a Mesa da Câmara pode vir a enfrentar mais um constrangimento: o ex-líder do PP deverá pedir à Casa a restituição dos gastos com seu tratamento cardíaco.

Pizza não
Parte da bancada do PT critica a estratégia do partido de evitar a votação, pela CCJ, do parecer do petista Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) contra a aposentadoria de Janene. "O parecer é consistente e tem de ser aprovado pelo PT", reage o também paranaense Doutor Rosinha.

Prato frio
A ala governista do PMDB prepara a vingança contra os que tiraram Wilson Santiago (PB) da liderança. Rose de Freitas (ES) deve perder o assento na Comissão de Orçamento, e Eduardo Cunha (RJ) será vetado para a presidência da Comissão de Finanças, que pleiteia.

Casa de ferreiro
O Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça, que foram criados para controlar distorções no MP e no Judiciário, como os altos salários, deverão ser questionados por decisões internas sobre vencimentos, jetons e o afastamento dos conselheiros de suas atividades habituais.

TIROTEIO

Do senador Arthur Virgílio (líder do PSDB) sobre Paulo Okamotto afirmar que não quer ser o tesoureiro oficial da campanha reeleitoral de Lula, pois o posto virou uma "maldição" depois de PC Farias:
-Ele pratica uma calúnia contra um morto. Perto dele, o tesoureiro de Collor era um congregado mariano.

CONTRAPONTO

Nada a declarar

Há duas semanas, dezenas de jornalistas foram atraídos a um hotel, em Brasília, para uma suposta "entrevista-bomba" convocada pelo advogado José Roberto Batochio. Diante da falta de informações sobre o tema da entrevista, especulava-se a respeito de possíveis revelações sobre a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
Depois de horas de atraso na entrevista, o ministro Walfrido Mares Guia (Turismo) surgiu no lobby lotado de jornalistas. Foi imediatamente cercado.
-Ministro, é o sr. que vai dar a entrevista? -, perguntaram os repórteres.
-Que entrevista? Quando vi esse monte de jornalistas pensei: Será que é meu aniversário? -, brincou o ministro.
Informado sobre o motivo do tumulto, Mares Guia fez questão de não se envolver:
-Quero deixar bem claro que eu moro neste hotel!


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