São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 2006

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PAINEL


Roupa suja
O governo de São Paulo enxerga pelo menos uma função que o Exército poderia desempenhar no "day after" dos ataques do PCC: cuidar dos presídios quebrados nas rebeliões. Mas disso as Forças Armadas e o Planalto não querem ouvir falar.

Pauta pronta
O ministro Márcio Thomaz Bastos saiu da reunião no Palácio dos Bandeirantes, anteontem, com um presente: a lista de projetos do governo estadual paralisados devido à ausência de repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública. A relação será postada na página da Secretaria da Segurança na internet.

Câmera, ação!
A Força Nacional de Segurança não foi sequer mencionada na conversa de Thomaz Bastos com Cláudio Lembo. O tema só veio à baila depois do encontro, na entrevista coletiva em que o ministro da Justiça reiterou a oferta de ajuda a São Paulo.

Qualquer negócio
No vale-tudo da segunda-feira, houve emissora de televisão exibindo às 15h, por minutos a fio, as imagens de um ônibus incendiado no início da manhã. Com a inscrição "ao vivo".

No susto 1
Na noite de sexta, o alto comando da Polícia Militar paulista estava em festa, no aniversário da fundação de um batalhão, em Franco da Rocha, quando o chefe da corporação, Eliseu Eclair, foi avisado dos primeiros ataques a seus subordinados.

No susto 2
Relatos de quem estava na festa dão conta de que o comandante da PM, na contramão do discurso oficial, foi pego completamente de surpresa.

Intensivão
A bancada petista na Assembléia se reúne hoje com o senador Aloizio Mercadante. Os deputados querem municiar o candidato ao governo para dar combate à política de segurança pública de Geraldo Alckmin.

Nova tentativa
Fernando Haddad vai a Moscou em 1º e 2 de junho para a reunião dos ministros da Educação do G-8. Quer debater a proposta de países ricos abaterem a dívida externa dos pobres em troca de investimento no setor.


De goleada
Pesquisa Ibope feita sexta e sábado passados por encomenda da TV Bahia mostra Lula (PT) com 59% no Estado. Anthony Garotinho (PMDB) tem 12%; Geraldo Alckmin (PSDB), 9%; Heloisa Helena (PSOL), 4%.

Bem na foto
O PFL escolhe o vice de Alckmin só amanhã, mas ontem José Jorge (PE) já fazia o possível para ficar ao lado do presidenciável. Para tucanos, a ação de Jorge Bornhausen, Marco Maciel e Rodrigo Maia confirmará o pernambucano na chapa.

Mágoa antiga
Partidários de José Agripino (RN) explicam: ele insistiu tanto em obter o lugar na chapa por ser o único dos cinco fundadores do PFL que ainda não foi ministro nem vice-presidente.

Salvo-conduto
A crise na segurança pública deu direito ao governador de São Paulo, Cláudio Lembo, de votar por carta na escolha do candidato a vice de Alckmin.

Separação de corpos
O PSDB cearense lançou na sexta o governador Lúcio Alcântara à reeleição. Rompido com o ex-aliado, o presidente da sigla, Tasso Jereissati, diz que só se engajará na sucessão presidencial.

Baião de dois
Não está descartada uma dobradinha entre Edson Barbosa, o Edinho, que vem fazendo os programas do PT, e o também baiano João Santana na campanha de Lula à reeleição. O padrinho da idéia é Ricardo Berzoini.

TIROTEIO

Do deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP), sobre a hesitação de governo e oposição em convocar Daniel Dantas para depor na CPI dos Bingos:
-O PT teme a confirmação da extorsão. Já o PSDB e o PFL receiam que o banqueiro revele o quanto já os ajudou. Sabem que ele é uma bomba-relógio.

CONTRAPONTO

Transporte alternativo

Na tarde de segunda-feira, diversos políticos tentavam chegar ao Palácio dos Bandeirantes para um encontro com o governador Cláudio Lembo.
O trânsito na capital estava péssimo, já que boa parte dos paulistanos havia decidido ir para a casa mais cedo, com medo de novos ataques do PCC.
Pelo celular, os políticos esperados na reunião trocavam dicas na tentativa de descobrir o trajeto menos engarrafado.
Quando percebeu que de carro não ia dar, Edson Aparecido (PSDB), líder do governo na Assembléia Legislativa, não teve dúvida: alugou uma moto e conseguiu chegar a tempo.
Já o líder do PSDB, deputado estadual Ricardo Tripoli, não teve a mesma idéia. Depois de muito tempo parado no trânsito, jogou a toalha: desistiu do encontro com o governador, saltou do carro e voltou andando para casa.


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