São Paulo, sábado, 17 de maio de 2008

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outro lado

Congressistas negam doações de empresário

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O deputado Antonio Carlos de Mendes Thame, presidente do PSDB em São Paulo, afirmou que conhece Rogério Phellippe "há vários anos", quando o empresário assistiu a uma palestra dele.
Durante a campanha eleitoral, afirma Mendes Thame, Phellippe telefonou oferecendo ajuda, mas não financeira. "Ele disse que me ajudaria através de amigos em várias cidades. Imagino que tenha ajudado mesmo."
O líder tucano nega, porém, que tenha auxiliado o empresário a obter audiências em órgãos públicos.
O também deputado federal Vadão Gomes (PP-SP) afirmou que não conhece Phellippe. "Não são verdadeiras as afirmações. Absolutamente ninguém contribuiu [na campanha]".
Já o deputado Abelardo Camarinha (PSB) disse que conhece Phellippe, mas nega que tenha recebido ajuda financeira do empresário. "Conheço-o por viajar no trecho São Paulo-Presidente Prudente. Ele sempre tentou se aproximar das pessoas. Minha relação com ele é de "boa tarde" e "boa noite", nada além disso. Os R$ 20 mil que ele diz ter doado até hoje não chegaram. É uma afirmação equivocada", afirmou.
Segundo Camarinha, os nomes de deputados que aparecem no depoimento seriam parte um artifício da defesa. "Isso é uma estratégia para levar o caso ao Supremo Tribunal Federal."
A Folha entrou em contato com assessores de Dr. Talmir Rodrigues (PV), em seu gabinete na Câmara. Ele não telefonou de volta ontem.
O suplente de deputado Edson Gomes (PP) não foi localizado pela Folha
Através de sua assessoria, o presidente da Cesp, Guilherme Cirne de Toledo, diz que tanto ele como diretores e equipes técnicas da Cesp "recebem todos os fornecedores que solicitam entrevista, independentemente de seu porte econômico e sem necessidade de qualquer interferência política".
A Cesp nega que tenha sofrido prejuízos com as operações. "A Cesp desconhece o teor dos depoimentos citados pela reportagem e, portanto, não tem como se manifestar." A estatal diz "desconhecer eventuais envolvimentos de empregados nos fatos relatados pela reportagem. Caso tenham ocorrido irregularidades fora do âmbito da empresa, foram fatos pessoais e os responsáveis por elas devem ser acionados como pessoas físicas".


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