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Efraim utilizou 52 servidores do Senado como cabos eleitorais
Ex-primeiro-secretário diz que parecer da CCJ permite que funcionários lotados nos gabinetes trabalhem nos Estados
Segundo a revista "Veja",
37 dos 52 servidores eram lotados na secretaria da Mesa e deveriam trabalhar na estrutura do Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
À frente da primeira-secretaria do Senado, Efraim Morais
(DEM-PB) mantinha 52 funcionários que atuavam, na verdade, como seus cabos eleitorais na Paraíba. Eles eram contratados para trabalhar no
Congresso, exercendo funções
internas, mas tocavam assuntos de interesse exclusivo do
congressista e de seus aliados.
A afirmação é da revista "Veja", que publicou que só em salários os funcionários custaram
aos cofres públicos R$ 6,7 milhões ao longo dos quatro anos
em que o senador ocupou a primeira-secretaria.
Dalva Ferreira dos Santos,
por exemplo, que também é a
primeira-dama de Brejo dos
Santos, na Paraíba, era funcionária da secretaria e, segundo a
revista, recebia R$ 2.313 por
mês, apesar de nunca ter ido a
Brasília. Seu marido, Lauri da
Costa, além de prefeito, é advogado de Efraim, diz a "Veja".
O senador é conhecido por
ter nomeado parentes para cargos de confiança. Os familiares
só foram afastados em 2008,
com a proibição do nepotismo.
Efraim diz na reportagem estar amparado por um parecer
da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que permite
que funcionários lotados nos
gabinetes trabalhem nos Estados. Mas, segundo a revista, dos
52 fantasmas de Efraim, 37
eram lotados na primeira-secretaria, e não no gabinete pessoal do senador, e deveriam,
portanto, trabalhar na estrutura administrativa da Casa.
O líder do DEM no Senado,
José Agripino Maia (RN), diz
que é preciso dar o direito ao
colega se explicar, mas fala da
necessidade de regulamentação para casos de funcionários
que trabalham nos Estados.
A revista também afirma
que, há cerca de três anos,
Efraim trocou a casa simples
que possuía na praia de Camboinha por outra construída
em dois terrenos com quase
500 m2, além de ter comprado
uma cobertura em João Pessoa, com quatro suítes e piscina. O senador diz que tudo o
que tem está declarado.
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