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Campanha de tucana é objeto de nova suspeita
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Uma troca de e-mails, em setembro de 2006, entre o então
candidato a vice-governador do
Rio Grande do Sul Paulo Feijó
(DEM) e o tesoureiro da campanha de Yeda Crusius (PSDB)
indica que foram recebidos pelo menos R$ 25 mil não declarados à Justiça Eleitoral, segundo a revista "Veja".
Em mensagem ao tesoureiro
Rubens Bordini, Feijó diz ter
recebido R$ 25 mil da concessionária da General Motors
Simpala em dinheiro vivo. O dinheiro, diz a revista, foi enviado
ao tesoureiro em uma mochila.
Yeda e seu vice romperam
politicamente no segundo turno. Os e-mails de Feijó não são
os primeiros indícios da existência de caixa dois na campanha de Yeda. A tucana enfrenta
a suspeita de que dinheiro doado ilegalmente por empresas
de tabaco bancaram parte da
compra da casa onde ela mora.
A Procuradoria Regional
Eleitoral apura possíveis crimes eleitorais na campanha tucana e pleiteia autorização do
STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que a Polícia Federal
investigue Yeda pela compra
do imóvel.
A governadora foi procurada
pela Folha, mas sua assessoria
não emitiu comentário sobre a
nova acusação. Em ocasiões
anteriores, ela negou a existência da prática de caixa dois.
O advogado de Yeda, Eduardo Alckmin, não comentou a
denúncia, alegando não ter tido
conhecimento da reportagem,
mas afirmou que a acusação do
vice-governador é movida por
interesse político.
A Folha procurou Paulo Feijó, o gerente de relações institucionais da GM no Estado,
Marco Kraemer, e a presidente
do PSDB-RS, Zilá Breitenbach.
Ninguém ligou de volta.
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