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Fiador de Yeda, PMDB é cortejado pelo PT
De olho na vaga da governadora, peemedebistas já discutem quando deixar a administração tucana
DO ENVIADO A PORTO ALEGRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Principal fiador da governabilidade de Yeda Crusius, o
PMDB não discute mais se deixará ou não o governo, mas sim
a data do desembarque da administração. O motivo é um só:
os peemedebistas querem disputar a sucessão no Estado.
"É certo que vamos ter um
candidato ao governo. [José]
Fogaça [prefeito de Porto Alegre] é quem está mais bem posicionado, mas [Germano] Rigotto [ex-governador 2003-2006] também é forte", afirma
o senador Pedro Simon, principal líder do PMDB no Estado.
Na mais recente pesquisa
Datafolha, no principal cenário, Yeda tem 9% das intenções
de voto e Fogaça, 27% (o petista
Tarso Genro tem 30%).
A terceira colocação de Yeda
na sondagem deu combustível
às pretensões do aliado.
Turbinado pela eleição de
143 prefeitos (dos 496 do RS) e
com vitórias nos maiores colégios eleitorais (Porto Alegre e
Caxias do Sul), o PMDB, principal aliado de Yeda, é cortejado
hoje por tucanos e petistas.
Quando questionado se disputará o governo, Fogaça desconversa. Nos encontros que o
PMDB realizou este ano, o dilema que sobressaiu não é o nome do futuro candidato; a divisão é entre facções que defendem a saída imediata e as que
preferem protelar até 2010.
O crescimento da musculatura eleitoral peemedebista
contrasta com a situação tucana. Sob o governo Yeda, a influência do PSDB encolheu no
RS. Nas últimas duas eleições
municipais, o partido manteve
o mesmo número de prefeituras (19), mas o número de votos
teve uma queda de 37%.
No PT, o deputado Raul Pont
diz que tudo caminha para a indicação do ministro da Justiça,
Tarso Genro, que tem 30% no
principal cenário do Datafolha.
Ele avalia como pouco provável
a aliança com o PMDB, ainda
que o partido integre a coalizão
do governo Lula.
No entanto, há uma ala mais
governista dos petistas que defende até abrir a cabeça de chapa em prol de Rigotto.
Yeda tem buscado a solidariedade da cúpula de seu partido para enfrentar a crise no Estado. Em conversa com o senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional dos tucanos, ouviu dele que terá o apoio de seus
pares, mas que necessita esclarecer as denúncias e desatar o
nó político de seu governo.
A avaliação do PSDB é que
Yeda vai muito mal no trato
com aliados e oposição e que,
com ou sem ela, o Rio Grande
do Sul tem um eleitorado antipetista que apoiará um nome
tucano ao Planalto em 2010.
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