São Paulo, sábado, 17 de maio de 1997.



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Iris tem atuação discreta, mas é bom articulador

da Sucursal de Brasília

O futuro ministro Iris Rezende (PMDB-GO), 63, não vai para o governo por seus conhecimentos jurídicos. Advogado e agropecuarista, o senador nunca teve uma atuação voltada para a área jurídica, apesar de ter presidido a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado em 1995-96.
Sua atuação no Senado é discreta. Sobe à tribuna poucas vezes e evita posicionar-se sobre questões polêmicas. É bom articulador político, mas prefere conversas ao pé do ouvido e reuniões fechadas.
Iris é uma liderança regional, mais identificada com as questões ruralistas. No ministério, terá de enfrentar os problemas decorrentes das invasões de terra.
Se mantiver a mesma habilidade que tinha à frente da CCJ, deverá encontrar uma forma de convivência com os sem-terra. Como presidente da principal comissão do Senado, sempre manteve negociação com a oposição.
Isso lhe valeu o apoio dos partidos de oposição (PT, PDT, PSB e PPS) na campanha pela presidência do Senado, em fevereiro de 97. Perdeu para Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), mas manteve o trânsito entre todos os partidos.



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