São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

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Alckmin falta a evento para não haver mal-estar

FERNANDA KRAKOVICS
ENVIADA ESPECIAL A PALMAS

Para evitar constrangimentos, o candidato a Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, cancelou ontem sua participação na convenção estadual de seu partido no Tocantins, onde PSDB e PFL são adversários. Atualmente a aliança nacional entre os dois partidos só se repete em nove Estados.
O evento, em Palmas, homologou a candidatura do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) ao governo e de seu filho Eduardo Siqueira Campos ao Senado, em chapa com PL, PTB, PP, PSB, PSC e PV.
O PFL apóia a reeleição de Marcelo Miranda (PMDB) e lançará ao Senado a deputada Kátia Abreu, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
O compromisso já estava na agenda de Alckmin, mas o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e o coordenador da campanha tucana, Sérgio Guerra (PSDB-PE), entraram no circuito para evitar a saia justa.
"Até o final do mês as coligações nos Estados vão aumentar consideravelmente. Ele não vai deixar de ir a nenhum Estado porque tem dois ou três palanques. É só uma questão de organizar", afirmou Bornhausen.
Segundo tucanos e pefelistas, a ida de Alckmin ao Estado foi adiada para depois do dia 30, fim do prazo das convenções. "Não haverá constrangimento na vinda de Alckmin. Ele pode ter dois palanques, mas não vejo problema em nos juntarmos [PSDB e PFL] no pedido de votos. Podemos fazer juntos reuniões com prefeitos, por exemplo", disse Eduardo Siqueira Campos.
A orientação é deixar o candidato "deslizar" onde a aliança está bem para não criar clima de "desarmonia". O cancelamento da viagem foi justificado como "gesto de consideração" ao PFL local.
Na última quarta-feira, o conselho da campanha de Alckmin decidiu que nomeará coordenadores para ajustar as alianças. As siglas têm até o dia 30 para formalizar as coligações.


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