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Em SP, Lula defende Dilma para intelectuais
Durante encontro com 38 personalidades, presidente diz que ministra é possível candidata à sucessão
DA REPORTAGEM LOCAL
Em reunião fechada com 38
intelectuais em São Paulo, o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva defendeu a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), também presente, e a tratou como
"possível" candidata em 2010.
Entre os presentes, Antonio
Candido, Paul Singer, Emir Sader, Maria Victoria Benevides,
Gabriel Cohn, Candido Mendes, Dalmo Dalari, Fernando
Morais, Glauco Arbix e Leonardo Boff. Além dos ministros
Fernando Haddad (Educação),
Luiz Dulci (Secretaria Geral da
Presidência) e Paulo Vannuchi
(Direitos Humanos).
Os professores defenderam a
posição de Dilma sobre as
agências reguladoras. "A questão muitas vezes é que essas
agências [reguladoras] não podem ser capturadas pelo poder
público. Ela afirma que, se isso
é verdade, o maior problema é
justamente quando essas agências são capturadas por interesses particulares e privatizantes", disse Benevides.
Questionados sobre o caso
Varig, Sader respondeu: "A explicação geral, que o Lula também comentou, é que isso foi
acompanhado pelo Judiciário".
Segundo ele, "através da imprensa não se tem a mínima
idéia do que o governo faz".
Emir Sader disse que Dilma
se antecipou para explicar a suposta interferência da Casa Civil durante o processo de venda
da VarigLog e da Varig e também sobre o caso do dossiê.
Sader disse que Lula defendeu a TV Pública. "Ele disse que
não tem mais problema com a
imprensa, já passou. Teve
aquele ano de 2005, que foi
inesquecível. Por erros também, mas ele fala que o pior do
que a acusação é a insinuação."
Lula disse no encontro se
preocupar com a continuidade
de programas sociais, após sua
saída do governo. Aos jornalistas Benevides falou sobre uma
"nova realidade jurídica" que
garantisse essa continuidade.
Questionada se foram discutidas novas leis para manter os
programas, Benevides disse
que a expressão havia sido usada por ela e que Lula quer criar
condições políticas.
Segundo Candido Mendes,
Lula falou sobre política externa. "Ele mostrou a importância
de não ser presa a alguns chavões, como incompatibilizado
com o presidente Hugo Chávez.
Reiterou a relação especial que
tem com Chávez."
(FERNANDO BARROS DE MELLO)
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