São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2008

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Em SP, Lula defende Dilma para intelectuais

Durante encontro com 38 personalidades, presidente diz que ministra é possível candidata à sucessão

DA REPORTAGEM LOCAL

Em reunião fechada com 38 intelectuais em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), também presente, e a tratou como "possível" candidata em 2010.
Entre os presentes, Antonio Candido, Paul Singer, Emir Sader, Maria Victoria Benevides, Gabriel Cohn, Candido Mendes, Dalmo Dalari, Fernando Morais, Glauco Arbix e Leonardo Boff. Além dos ministros Fernando Haddad (Educação), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos).
Os professores defenderam a posição de Dilma sobre as agências reguladoras. "A questão muitas vezes é que essas agências [reguladoras] não podem ser capturadas pelo poder público. Ela afirma que, se isso é verdade, o maior problema é justamente quando essas agências são capturadas por interesses particulares e privatizantes", disse Benevides.
Questionados sobre o caso Varig, Sader respondeu: "A explicação geral, que o Lula também comentou, é que isso foi acompanhado pelo Judiciário". Segundo ele, "através da imprensa não se tem a mínima idéia do que o governo faz".
Emir Sader disse que Dilma se antecipou para explicar a suposta interferência da Casa Civil durante o processo de venda da VarigLog e da Varig e também sobre o caso do dossiê.
Sader disse que Lula defendeu a TV Pública. "Ele disse que não tem mais problema com a imprensa, já passou. Teve aquele ano de 2005, que foi inesquecível. Por erros também, mas ele fala que o pior do que a acusação é a insinuação."
Lula disse no encontro se preocupar com a continuidade de programas sociais, após sua saída do governo. Aos jornalistas Benevides falou sobre uma "nova realidade jurídica" que garantisse essa continuidade.
Questionada se foram discutidas novas leis para manter os programas, Benevides disse que a expressão havia sido usada por ela e que Lula quer criar condições políticas.
Segundo Candido Mendes, Lula falou sobre política externa. "Ele mostrou a importância de não ser presa a alguns chavões, como incompatibilizado com o presidente Hugo Chávez. Reiterou a relação especial que tem com Chávez."
(FERNANDO BARROS DE MELLO)


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