São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 2009 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br Sem jornal, com Twitter
A manchete do "New York Times", com seu post em
renovação permanente, destacava à noite as "duras
restrições aos jornalistas estrangeiros", que agora
precisam de "permissão" até para sair dos escritórios.
Também o fechamento ou censura prévia de "quatro
jornais iranianos pró-reforma". Ao fundo, o Departamento de Estado dos EUA espalhou por Reuters, CNN e outros que solicitou ao Twitter o adiamento de uma operação de melhoria que tiraria o site do ar, no Irã. Foi uma forma de responder à crítica republicana de que a Casa Branca não tem apoiado a oposição como devia. Como destacou o "Washington Post", a estratégia de Obama para o Irã, de maior negociação, "põe os EUA do lado do governo". CONTRA, MAS NEM TANTO Nos enunciados de agências ocidentais como AP e Efe, os Brics "defendem sistema monetário diversificado". Mas, sublinha a Bloomberg, "não anunciaram estratégia comum para flexionar seus músculos de US$ 2,8 trilhões em reservas". O estatal "China Daily" ressaltou que a cúpula "evitou qualquer crítica explícita à moeda dominante no mundo, o dólar americano". Ao fundo, por outro lado, um assessor do Kremlin saiu dizendo que a Rússia estuda deixar parte das reservas em "títulos de China, Brasil, Índia", segundo AP e Reuters. O vaivém russo sobre o dólar foi criticado por Forbes e The Street.com. Fim da tarde, o "Wall Street Journal" postou que o anúncio derrubou a moeda americana na Coreia do Sul e em Cingapura.
No papel, o "NYT" destacou que os "líderes de algumas das maiores potências se reúnem para obter maior controle sobre o sistema financeiro, porém nenhum americano ou europeu ocidental estará lá". Ouviu até Mangabeira Unger. Depois, no site, noticiou que os quatro "discutiram formas reduzir sua dependência dos EUA" CHINA TESTA ÁGUAS Em artigo, o "NYT" avaliou que, com a cúpula, a "China testa as águas" para verificar sua "influência". Já a agência Xinhua destacou as propostas de compromisso levadas pelo presidente Hu Jintao, pela ordem: buscar rápida recuperação da crise; pressionar por reformas do sistema financeiro; implementar as Metas do Milênio; e garantir "segurança alimentar e energética". ÍNDIA QUER VOZ As agências de notícias da Índia, PTI, IANS, cobriram a cúpula dos Brics na Rússia com enunciados sobre o esforço do grupo por "voz nos assuntos globais". MÉXICO TAMBÉM Ao fundo, o Market Watch informou que também o México, emergente mais vinculado aos EUA, agora quer emprestar ao FMI. Segue os Brics, nota o site. BRIC ENTRE NÓS
Acabou ficando por conta de sites como BBC Brasil, que cobriu extensivamente e fechou o dia anunciando que a próxima cúpula Bric, no ano que vem, terá Lula por anfitrião. De resto, o próprio presidente tratou de assinar, editado com destaque do "Valor Econômico" (acima) ao espanhol "El País", o texto "Os Brics na hora da maioridade". MUDANÇA FUNDAMENTAL O economista Nouriel Roubini fez uma conferência no Encontro Reuters sobre Perspectiva de Investimento, em Nova York, e vaticinou, como destacou a própria agência: "A ascensão dos mercados emergentes é uma mudança fundamental". Relacionando os Brics entre os maiores credores em dólar dos EUA, ele observou que os títulos da dívida americana começam a perder interesse. E que "as pessoas estão nervosas com razão." Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: Judiciário: Câmara aprova criação de 230 varas federais Índice |
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