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REFORMA AGRÁRIA
Justiça quebra
sigilo de seis
suspeitos de
fraude no PA
LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Belém
A Justiça determinou a quebra de
sigilo bancário de seis pessoas acusadas de envolvimento em esquema de superfaturamento de terras
em Altamira, oeste do Pará.
O procurador da República Felício Pontes Júnior disse essas pessoas seriam intermediárias na negociação. ""Queremos ver se houve
qualquer desvio de dinheiro".
Três fazendas, compradas pela
empresa Teka Tecelagens Kuehnrich, de Santa Catarina, foram
avaliadas por preços até 125 vezes
maior que o valor adquirido.
A Teka comprou as fazendas São
Pedro 2, São Félix e São Sebastião,
num total de 70,520 mil hectares,
por R$ 725 mil em outubro de 97.
Uma avaliação em dezembro de
97 indicou que as terras valeriam
R$ 90.970.980,00. Outra, em maio
de 98, apontou R$ 50.117.821,40.
A empresa iria usar o dinheiro da
venda para pagamento de dívidas
com o INSS, mas os planos foram
barrados pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), que descobriu a tentativa
de fraude no ano passado.
O advogado da Teka, Haroldo
Papst, diz que a empresa agiu de
boa-fé. ""Nós temos colaborado
com o Ministério Público Federal
para todas as informações".
Uma comissão do Incra investiga
o envolvimento de funcionários no
esquema. Até agora, quatro servidores do órgão foram afastados.
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