São Paulo, Quinta-feira, 17 de Junho de 1999
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REFORMA AGRÁRIA
Justiça quebra sigilo de seis suspeitos de fraude no PA

LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Belém

A Justiça determinou a quebra de sigilo bancário de seis pessoas acusadas de envolvimento em esquema de superfaturamento de terras em Altamira, oeste do Pará.
O procurador da República Felício Pontes Júnior disse essas pessoas seriam intermediárias na negociação. ""Queremos ver se houve qualquer desvio de dinheiro".
Três fazendas, compradas pela empresa Teka Tecelagens Kuehnrich, de Santa Catarina, foram avaliadas por preços até 125 vezes maior que o valor adquirido.
A Teka comprou as fazendas São Pedro 2, São Félix e São Sebastião, num total de 70,520 mil hectares, por R$ 725 mil em outubro de 97.
Uma avaliação em dezembro de 97 indicou que as terras valeriam R$ 90.970.980,00. Outra, em maio de 98, apontou R$ 50.117.821,40.
A empresa iria usar o dinheiro da venda para pagamento de dívidas com o INSS, mas os planos foram barrados pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que descobriu a tentativa de fraude no ano passado.
O advogado da Teka, Haroldo Papst, diz que a empresa agiu de boa-fé. ""Nós temos colaborado com o Ministério Público Federal para todas as informações".
Uma comissão do Incra investiga o envolvimento de funcionários no esquema. Até agora, quatro servidores do órgão foram afastados.


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