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Procuradores vêem prejuízo ao caso e cobram volta de delegado
DA REPORTAGEM LOCAL
O procurador da República
Rodrigo de Grandis disse ontem que a investigação contra o
banqueiro Daniel Dantas, do
banco Opportunity, está "apenas no início" e que compete
somente ao Ministério Público
dizer quando será concluída.
A afirmação é uma resposta à
declaração do ministro Tarso
Genro (Justiça), que disse anteontem que o inquérito está
99% finalizado e que, portanto,
o afastamento do delegado Protógenes Queiroz não afetaria
em nada a investigação.
"A Constituição garante que
cabe exclusivamente ao Ministério Público propor uma denúncia, portanto, cabe também
ao Ministério Público dizer
quando a investigação está concluída", disse o procurador.
Sobre o afastamento do delegado, De Grandis afirmou que
isso trará um inevitável prejuízo para o caso. "Compromete
consideravelmente a investigação, principalmente nesta fase
atual de confronto da documentação apreendida com as
informações que já temos", disse. Queiroz se dedicava ao tema
há cerca de quatro anos.
O delegado foi afastado porque omitiu dados importantes
da cúpula da PF como, por
exemplo, que o advogado Luiz
Eduardo Greenhalgh (PT) estava na lista dos suspeitos -o policial chegou a pedir a prisão
preventiva do petista, o que foi
negado pela Justiça.
Ontem, De Grandis e a procuradora Anamara Osório Silva, que também investiga o
banqueiro, pediram ao diretor-geral da PF, Luís Fernando
Corrêa, a volta do delegado.
"Na qualidade de autoridades ministeriais responsáveis
pelo eficiente andamento e final conclusão das investigações
[...], entendem os signatários
que o afastamento dos senhores delegados compromete inquestionavelmente a eficiência
administrativa nas investigações", informaram.
"Acredito que a PF irá designar um delegado à altura e proporcionará as condições necessárias para a execução do trabalho", afirmou o procurador.
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