São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Procuradores vêem prejuízo ao caso e cobram volta de delegado

DA REPORTAGEM LOCAL

O procurador da República Rodrigo de Grandis disse ontem que a investigação contra o banqueiro Daniel Dantas, do banco Opportunity, está "apenas no início" e que compete somente ao Ministério Público dizer quando será concluída.
A afirmação é uma resposta à declaração do ministro Tarso Genro (Justiça), que disse anteontem que o inquérito está 99% finalizado e que, portanto, o afastamento do delegado Protógenes Queiroz não afetaria em nada a investigação.
"A Constituição garante que cabe exclusivamente ao Ministério Público propor uma denúncia, portanto, cabe também ao Ministério Público dizer quando a investigação está concluída", disse o procurador.
Sobre o afastamento do delegado, De Grandis afirmou que isso trará um inevitável prejuízo para o caso. "Compromete consideravelmente a investigação, principalmente nesta fase atual de confronto da documentação apreendida com as informações que já temos", disse. Queiroz se dedicava ao tema há cerca de quatro anos.
O delegado foi afastado porque omitiu dados importantes da cúpula da PF como, por exemplo, que o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) estava na lista dos suspeitos -o policial chegou a pedir a prisão preventiva do petista, o que foi negado pela Justiça.
Ontem, De Grandis e a procuradora Anamara Osório Silva, que também investiga o banqueiro, pediram ao diretor-geral da PF, Luís Fernando Corrêa, a volta do delegado.
"Na qualidade de autoridades ministeriais responsáveis pelo eficiente andamento e final conclusão das investigações [...], entendem os signatários que o afastamento dos senhores delegados compromete inquestionavelmente a eficiência administrativa nas investigações", informaram.
"Acredito que a PF irá designar um delegado à altura e proporcionará as condições necessárias para a execução do trabalho", afirmou o procurador.


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