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Policial diz a
amigos que se
viu esvaziado
DA REPORTAGEM LOCAL
O delegado Protógenes
Queiroz, 49, desabafou a
amigos anteontem que
sentiu sua ação esvaziada
durante e após a Operação
Satiagraha, principalmente depois da saída do diretor-geral do órgão, Paulo
Lacerda, em setembro de
2007, substituído por Luiz
Fernando Corrêa.
O delegado disse a amigos que tentou falar pelo
menos quatro vezes com o
novo diretor-geral da Polícia Federal, mas não foi recebido. Considerou o trabalho da equipe ainda
mais limitado depois do
cumprimento dos mandados de busca e apreensão,
na terça-feira da semana
passada.
Os policiais coletaram o
que estimam ser uma tonelada de documentos e
equipamentos que precisam ser periciados para os
desdobramentros da Satiagraha, mas não há pessoal suficiente para a análise. Queiroz contou ainda
a pessoas próximas que a
reunião ocorrida em São
Paulo na última segunda-feira foi um banho de água
fria na equipe da Satiagraha. Os delegados enviados
pela direção-geral da PF
criticaram o comando da
operação. Ao final do encontro, os delegados teriam lhe dito, segundo
contou aos amigos, que ele
provavelmente responderá a dois processos administrativos internos.
Queiroz disse aos confidentes que ainda relatará
o inquérito-mãe da Satiagraha, que está praticamente concluído. Mas está
impedido de chefiar os
desdobramentros da operação, agora vitaminada
com a massa de documentos apreendidos.
(RUBENS VALENTE)
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