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outro lado
Para empresário, acusação é "papel solto no vento"
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
O advogado Eduardo Ferrão,
que defende Fernando Sarney,
divulgou nota dizendo que as
acusações contra os seus clientes "não procedem". Ele afirmou que as investigações se deram de forma unilateral e que
Fernando só teve acesso a elas
após determinação judicial.
Orientado a não dar entrevistas, o empresário tem dito, em
conversas restritas, que as acusações contra ele são "papel
solto no vento". Fernando tem
se queixado de que seu indiciamento já estava decidido antes
de seu depoimento. Procurado
pela Folha, não quis comentar.
Pelas perguntas feitas pelo
delegado, segundo pessoas ligadas ao caso, ele deduziu que
as acusações da PF são as mesmas que estavam no relatório
do ano passado, que embasou
os pedidos de prisão negados
pelo juiz Neiam Milhomem.
Fernando nega ser sócio da
Marafolia e acha que a polícia
confunde a parceria entre o
grupo Mirante e a Marafolia
com participação societária, e
nega a acusação de que a São
Luís Factoring seja um instrumento para lavar dinheiro. Nas
conversas reservadas, Fernando diz que a factoring foi criada
para que as empresas do grupo
Mirante não tenham de recorrer a empréstimos bancários.
Sobre a suposta remessa de
US$ 1 milhão para a China, o
empresário diz que a PF, ao
monitorar seus e-mails, capturou uma mensagem sobre um
negócio que não ocorreu.
O empresário João Dória Júnior disse que manteve contato
em 2008 com o ministro Edison Lobão devido a um encontro realizado em Lisboa, do
qual sua empresa foi uma das
organizadoras, que contou com
uma exposição do ministro.
A conversa entre Fernando
Sarney e Dória Júnior se deu
em abril. O encontro com a
participação do ministro foi em
outubro. A assessoria acrescentou que o presidente da
Eletrobrás também foi convidado, mas não compareceu.
O advogado Roberto Teixeira
disse que a indicação de nomes
à Eletrobrás atribuída a ele
nunca existiu. Disse que nunca
esteve na Eletrobrás e que nem
conhece pessoalmente Fernando Sarney. "Estou sabendo
dessa história agora por você.
Eu posso garantir que usaram
o meu nome indevidamente".
Colaborou a Sucursal de Brasília
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