São Paulo, sexta-feira, 17 de julho de 2009

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outro lado

Para empresário, acusação é "papel solto no vento"

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O advogado Eduardo Ferrão, que defende Fernando Sarney, divulgou nota dizendo que as acusações contra os seus clientes "não procedem". Ele afirmou que as investigações se deram de forma unilateral e que Fernando só teve acesso a elas após determinação judicial.
Orientado a não dar entrevistas, o empresário tem dito, em conversas restritas, que as acusações contra ele são "papel solto no vento". Fernando tem se queixado de que seu indiciamento já estava decidido antes de seu depoimento. Procurado pela Folha, não quis comentar.
Pelas perguntas feitas pelo delegado, segundo pessoas ligadas ao caso, ele deduziu que as acusações da PF são as mesmas que estavam no relatório do ano passado, que embasou os pedidos de prisão negados pelo juiz Neiam Milhomem.
Fernando nega ser sócio da Marafolia e acha que a polícia confunde a parceria entre o grupo Mirante e a Marafolia com participação societária, e nega a acusação de que a São Luís Factoring seja um instrumento para lavar dinheiro. Nas conversas reservadas, Fernando diz que a factoring foi criada para que as empresas do grupo Mirante não tenham de recorrer a empréstimos bancários.
Sobre a suposta remessa de US$ 1 milhão para a China, o empresário diz que a PF, ao monitorar seus e-mails, capturou uma mensagem sobre um negócio que não ocorreu.
O empresário João Dória Júnior disse que manteve contato em 2008 com o ministro Edison Lobão devido a um encontro realizado em Lisboa, do qual sua empresa foi uma das organizadoras, que contou com uma exposição do ministro.
A conversa entre Fernando Sarney e Dória Júnior se deu em abril. O encontro com a participação do ministro foi em outubro. A assessoria acrescentou que o presidente da Eletrobrás também foi convidado, mas não compareceu.
O advogado Roberto Teixeira disse que a indicação de nomes à Eletrobrás atribuída a ele nunca existiu. Disse que nunca esteve na Eletrobrás e que nem conhece pessoalmente Fernando Sarney. "Estou sabendo dessa história agora por você. Eu posso garantir que usaram o meu nome indevidamente".

Colaborou a Sucursal de Brasília



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