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SAIBA QUEM É
Economista
é ministro
pela 3ª vez
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O economista gaúcho
Marcus Vinicius Pratini de
Moraes, 60, escolhido para o
Ministério da Agricultura,
exercerá o cargo de ministro
pela terceira vez, desde o regime militar. Ele é ligado ao
PPB e substituirá seu conterrâneo e correligionário
Francisco Turra.
Presidente da Associação
de Comércio Exterior do
Brasil (AEB), Pratini de Moraes sempre esteve vinculado ao setor industrial e distante da atividade agrícola.
A primeira experiência de
Pratini como ministro ocorreu no governo do general
Médici (1970-1974), quando, então com 31 anos, assumiu a pasta da Indústria e
Comércio na condição de
mais jovem integrante do
primeiro escalão.
Sua segunda participação
foi como ministro das Minas e Energia no governo
Collor (1990-1992). Entre
um período e outro, como
deputado eleito em 1982,
ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Nascido em Porto Alegre,
mas com residência fixa no
Rio de Janeiro há muitos
anos, Pratini de Moraes costuma dizer que o Brasil carece de marketing na venda de
seus produtos no exterior.
De acordo com ele, a economia nacional se abriu demasiadamente às importações, deixando de lado mecanismos de proteção usados por países ricos.
Há poucos dias, para ilustrar sua tese de falta de marketing, contou que, em um
restaurante em São Paulo,
pediu água mineral e lhe foi
servido um produto canadense, mesmo existindo várias marcas brasileiras.
A mãe de Pratini, Lygia, ao
saber anteontem que o filho
estava cotado para a Agricultura, disse achar que ele
não deveria aceitar o cargo.
"Do jeito que está (o governo) é difícil. Para dar certo, tinha que trocar todos
(os ministros). A situação da
saúde e do emprego está
ruim", afirmou.
O novo ministro da Agricultura, casado e pai de quatro filhos, fez curso de acordeão, na juventude, e gosta
de tocar o instrumento, seu
hobby favorito.
Às vezes, ele reúne em sua
casa amigos que tocam outros instrumentos para uma
roda de música.
Pratini é formado em economia pela Universidade
Federal do Rio Grande do
Sul e, conforme seu currículo, pós-graduado em administração pública e administração de projetos, na Alemanha e nos Estados Unidos, respectivamente, na década de 60.
Ele foi presidente da PPH
(Companhia Industrial de
Polipropileno), vice-presidente do Conselho de Administração da Petropar,
membro do Conselho de
Política Econômica e Social
da CNI (Confederação Nacional da Indústria), entre
outros cargos na iniciativa
privada.
Na área pública federal,
começou como secretário e
chefe de gabinete do Ministério da Indústria e Comércio, no governo Castelo
Branco, o primeiro do ciclo
militar.
Antes de assumir como
ministro da Indústria e Comércio, no governo Médici,
foi ministro interino do Planejamento e Coordenação
Geral, na gestão Costa e Silva, que tinha Hélio Beltrão
como titular da pasta.
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