São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2005

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Doleiro provocou queda de amigo do presidente

DA REPORTAGEM LOCAL

O doleiro Toninho da Barcelona foi investigado em pelo menos três ações promovidas pela Polícia Federal nos últimos dois anos. Uma delas, em agosto do ano passado, provocou a queda do então superintendente da PF em SP, Francisco Baltazar da Silva, que havia assumido o cargo por indicação pessoal do presidente Lula.
À época, a PF de Brasília havia aberto um inquérito para investigar o envolvimento de Baltazar com Barcelona. Após explicações consideradas contraditórias, o policial admitiu ter comprado US$ 134,6 mil do doleiro. Ele deixou o cargo.
Baltazar coordenou a equipe de segurança de Lula nas quatro eleições presidenciais que disputou (89, 94, 98 e 2002).
Na Operação Farol da Colina, que prendeu 63 doleiros, Baltazar foi acusado de ter vazado informação sobre a ação. Ele havia sido informado pela cúpula da PF antes que os mandados de prisão fossem cumpridos. As suspeitas de vazamento levaram à prisão do delegado Carlos Fernando Braga, amigo de Baltazar. Baltazar teria falado da operação com Braga sobre, e Braga avisou Barcelona.
O doleiro foi citado ainda na Operação Anaconda, que investigou a venda de sentenças.


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