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Novo cálculo criou atrito com estatal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A divergência interna no
fisco sobre a mudança de
regime contábil nas operações de câmbio foi o artifício criado pela Receita Federal para tentar explicar
a briga nos últimos meses
entre a secretaria e a Petrobras.
Em maio, a Petrobras
reconheceu que mudou a
contabilidade de suas operações em dólar no último
trimestre de 2008. No
mesmo dia, a Receita -à
época comandada por Lina Vieira- avisou que o
contribuinte não poderia
mudar a fórmula de cálculo do imposto ao longo do
ano. Em um "esclarecimento" à imprensa, o órgão afirmou que não era
permitida "a alteração de
critério no decorrer do
ano-calendário".
O episódio provocou
uma crise no governo e
acabou sendo um dos motivos para a demissão de
Lina Vieira, que chefiou a
Receita por 11 meses. Foi
também a munição usada
pela oposição para instalar
a CPI da Petrobras.
Na semana passada, em
depoimento à comissão,
Cartaxo recuou da posição
até então assumida pelo
fisco. Justificou que há um
conflito de interpretação
entre as superintendências da Receita. O assunto
agora deverá ser decidido
pela cúpula da Receita.
Desde 2000, as empresas podem escolher como
calcular o impacto da variação do dólar sobre seu
lucro. A opção pode ser pelo "regime de caixa", que
permite o cálculo do imposto quando a operação
em dólar é liquidada e o dinheiro entra em caixa.
A outra forma é o "regime de competência", com
o cálculo considerando a
variação do dólar no período, com ou sem o dinheiro
ter entrado no caixa.
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