|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2006 / SANGUESSUGAS
Berzoini nega que PT tenha pago por dossiê
Partido deve suspender a filiação de Valdebran Padilha, petista preso pela PF sob acusação de negociar documentos
Apesar de rejeitar envolvimento com denúncias contra Serra, presidente do PT pediu investigações sobre tucano
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente nacional do PT,
Ricardo Berzoini, negou ontem
que o partido tenha repassado
dinheiro para o advogado e ex-agente da Polícia Federal Gedimar Pereira Passos, preso anteontem em São Paulo, acusado
de tentar comprar um dossiê
contra o candidato do PSDB ao
governo do Estado, José Serra.
Berzoini condenou o que chamou de "tentativa de chantagem" contra tucanos.
O presidente do PT também
divulgou nota sobre o assunto.
"Diante da consolidação da liderança de nossa candidatura
presidencial e da frustração daqueles que desejaram destruir
o PT, não nos surpreende que
ocorram episódios dessa natureza, com o objetivo de conturbar a disputa eleitoral, que está
sendo conduzida de nossa parte para o debate exclusivamente programático", afirmou.
Com relação ao petista Valdebran Padilha da Silva, também preso anteontem pela PF,
o presidente do PT disse que
encaminhará ao Diretório Nacional um pedido de suspensão
do filiado e de abertura de um
procedimento disciplinar.
A nota tem apenas quatro parágrafos. Três são reservados
para comentar a edição da revista "IstoÉ" desta semana, que
divulgou reportagem sobre o
suposto envolvimento de Serra
com a máfia dos sanguessugas.
"O PT considera graves as
novas acusações relativas ao escândalo dos sanguessugas publicadas pela "IstoÉ" e que envolvem o governo anterior. Ao
contrário dos nossos adversários, não prejulgaremos, mas
exigimos a rigorosa e isenta investigação das denúncias, para
apurar todas as responsabilidades", disse Berzoini.
O petista afirmou ainda que o
PT "sempre rejeitou o denuncismo eleitoral e a produção ilegal de dossiês, até mesmo por já
termos sido vítimas desse tipo
de procedimento".
A Folha não conseguiu ouvir
o presidente do PT de São Paulo, Paulo Frateschi. A assessoria disse que ele foi informado
sobre o teor da reportagem,
mas que estava em reunião.
Texto Anterior: Ex-candidato a prefeito, dirigente do PT de Mato Grosso diz ser amigo de um dos presos Próximo Texto: Mercadante diz repudiar a ação contra adversário Índice
|