DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, repudiou ontem a suposta tentativa de compra de um dossiê contra os candidatos tucanos, entre eles seu adversário na disputa, o ex-prefeito José Serra.
Anteontem, a Polícia Federal prendeu em São Paulo Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT, e Gedimar Pereira Passos, ex-agente da PF, suspeitos de intermediar a compra de documentos que mostrariam o suposto envolvimento de Serra e Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência, com a máfia dos sanguessugas.
Mercadante não quis comentar a vinculação partidária de Padilha. "Em relação à prisão de pessoas tentando comprar dossiês, eu quero repudiar esse tipo de atitude, que não condiz com a vida democrática", disse o petista durante atividades de campanha na Vila Maria (zona norte de São Paulo). "Toda minha vida nunca aceitei esse tipo de procedimento."
O candidato petista classificou, porém, de "acusações graves" a entrevista da família Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, à revista "IstoÉ" em que mencionam o suposto envolvimento de Serra no esquema. "As acusações da revista "Istoé" são graves porque são muito semelhantes às de dezenas de deputados, alguns senadores e assessores que foram denunciados por participação no esquema. É evidente que tudo começou no governo anterior e tem que ser apurado", afirmou.
Mercadante disse esperar que o candidato tucano "esclareça de forma consistente todas essas acusações". "Continuo dando direito de defesa."


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