São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PERSONALIDADE
Jaime Lerner decreta luto oficial devido à morte de Ney Braga
Morre ex-governador do Paraná

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Morreu ontem de manhã, em Curitiba, Ney Braga, 83, que foi governador do Paraná e ministro em dois governos do regime militar. Ele foi vítima de câncer ósseo. Braga estava internado no Hospital Santa Cruz desde 3 de outubro.
O corpo foi velado no Palácio do Iguaçu, sede do governo estadual, e enterrado no final da tarde no cemitério municipal de Curitiba com honras de chefe de Estado.
O governador Jaime Lerner (PFL) decretou luto oficial por sete dias e ponto facultativo nas repartições públicas ontem.
Cerca de mil pessoas, entre amigos, políticos e autoridades, passaram pelo velório de Ney Braga. Por volta das 17h, o corpo seguiu em cortejo até o cemitério municipal sobre um caminhão do Corpo de Bombeiros. Cerca de cem carros acompanharam.
O corpo do ex-governador foi enterrado por volta das 17h30 na mesma sepultura de sua primeira mulher, Maria José Munhoz da Rocha, com teve quatro dos seus sete filhos.
Estiveram presentes no enterro o governador Jaime Lerner (PFL) e o ex-governador José Richa (PSDB). Cem alunos da Escola de Oficiais da Polícia Militar deram salvos de tiros em homenagem a Ney Braga. No final da cerimônia, o governador Lerner entregou a bandeira do Estado do Paraná à viúva, Nice Braga.
Braga esteve consciente até três dias atrás, quando os médicos propuseram à família sedá-lo com maior intensidade. Segundo os parentes, em seus últimos dias ele recordou bastante os principais feitos de sua vida pública. "Ele disse que era um homem satisfeito com a vida que teve e deixa uma escola política", afirmou Caetano Rocha Braga, o quarto de seus sete filhos.
General-de-Brigada, Ney Aminthas de Barros Braga foi o primeiro prefeito de Curitiba eleito pelo voto popular.
Em sua primeira gestão como governador, adotou um programa de industrialização para o Paraná. Ele também construiu a Estrada do Café, que serviu para escoar a produção agrícola e ligar Curitiba a cidades do interior.
Seu último cargo público foi o de presidente do Conselho de Administração da Copel (Companhia de Energia do Paraná), do qual se afastou em julho, por motivos de saúde.




Texto Anterior: Secretaria afirma que padronização é praxe na BA
Próximo Texto: Ney Braga foi ministro durante governo militar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.