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Aécio quer calendário para votar MPs
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara dos
Deputados, Aécio Neves (PSDB-MG), eleito governador de Minas
Gerais, disse ontem que iria conversar com os líderes dos principais partidos com o objetivo de
montar um calendário para votar
rapidamente as 31 medidas provisórias que vão obstruir a pauta do
Congresso a partir de novembro,
após o segundo turno.
O calendário de votações será
submetido ao presidente eleito,
que, segundo Aécio, poderá fazer
sugestões. Aécio disse que muitas
das medidas provisórias podem
ser votadas por consenso e que isso deve agilizar os trabalhos.
O presidente da Câmara disse
que espera o empenho dos deputados para a votação e que após o
segundo turno haverá quórum
suficiente para as votações.
"O grande esforço é para a desobstrução da pauta, que é fundamental para que possamos estabelecer uma agenda. Nela pretendemos incluir, por exemplo, a regulamentação da Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico", que possibilitaria recursos importantes para o
setor rodoviário brasileiro."
Aécio também quer incluir na
agenda de votações após o segundo turno a PEC (Proposta de
Emenda Constitucional) que regulamenta o artigo 192 da Constituição, que trata do sistema financeiro, e algumas propostas aprovadas pela Comissão Mista de Segurança Pública.
Posse
Outra emenda que deve entrar
na agenda é a da mudança da data
da posse do presidente da República -atualmente prevista para
1º de janeiro. Segundo o presidente da Câmara, a única chance de a
emenda ser aprovada é se houver
consenso dos principais líderes
partidários, pois há pouco tempo
para a aprovação.
Aécio disse que já conversou
com o líder do PT na Câmara, deputado João Paulo (SP), e que o
partido deverá ser favorável à modificação proposta. "Eu acho que
a matéria terá a concordância do
presidente eleito seja ele Serra ou
Lula", disse Aécio.
A emenda de alteração da data
da posse tem origem em um projeto do deputado José Genoino
(PT-SP), que prevê a mudança
para o dia 15 de janeiro. Aécio defende a proposta, mas com a alteração da data para o dia cinco ou
seis de janeiro.
"Eu acho que o dia 1º de janeiro
é realmente um dia impróprio para a posse de um presidente da
República, sobretudo em um país
como o Brasil. As dificuldades
que nós tínhamos e que nos fizeram antecipar a data para 1º de janeiro que diziam respeito a questão orçamentária não existem
mais com a LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal]", disse Aécio.
(SANDRO LIMA)
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