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PARANÁ
Ricardo Barros teria desviado dinheiro quando foi prefeito de Maringá
Deputado é acusado de improbidade
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O deputado federal reeleito Ricardo Barros (PPB-PR), vice-líder
do governo na Câmara, sofre ação
civil pública por improbidade administrativa no Paraná. Barros é,
juntamente com o ex-secretário
de Fazenda de Maringá (PR) Luiz
Antônio Paolicchi, acusado do
desvio de R$ 8,7 milhões durante
sua gestão como prefeito de Maringá, entre 1989 e 1992.
A ação foi protocolada no dia 3,
mas mantida sobre segredo de
Justiça pelo juiz eleitoral Shiroshi
Yendo durante o período de eleições para a Câmara, para evitar
influência no processo eleitoral.
Barros, que foi reeleito, nega as irregularidades e acusa o promotor
José Aparecido Cruz de tentar
prejudicá-lo em período eleitoral.
O promotor Cruz apura irregularidades em três gestões no município de Maringá. Neste período, Paolicchi cuidou das contas
do município. Ele foi o contador
municipal na gestão de Ricardo
Barros (então no PFL), de 89 a 92.
Depois foi elevado ao cargo de
secretário municipal de Fazenda
nas administrações de Said Ferreira (PMDB), de 93 a 96, e de Jairo Gianoto (PSDB), de 99 a 2000.
Gianoto foi afastado por decisão
judicial em 2000, quando foi decretada a prisão de Paolicchi.
De acordo com levantamento
do Tribunal de Contas do Paraná,
os desvios em Maringá passam de
R$ 107 milhões. Dos acusados, o
único preso é o ex-secretário Paolicchi, que nega ser responsável. O
montante desviado na gestão de
Ricardo Barros foi de R$ 8,7 milhões, segundo investigações do
Ministério Público do Paraná.
Entre os desvios apontados, estão gastos com subvenção do Grêmio de Maringá (equipe de futebol profissional), despesas irregulares com eventos esportivos e
emissão de cheques da conta da
prefeitura diretamente para a
conta particular de Paolicchi.
Além de Barros, sofrem ações
do Ministério Público, por improbidade administrativa, os ex-prefeitos Ferreira e Gianoto, que negam todas as acusações. Levantamento do Ministério Público do
Paraná aponta que dos R$ 107 milhões desviados, a maior parcela
ocorreu na gestão de Gianoto .
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