São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2007

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"Não disputo a Presidência", diz Alckmin

Candidato em 2006, tucano não descarta concorrer à prefeitura, em 2008, ou ao governo de SP, em 2010

DA REPORTAGEM LOCAL

Apontado pela última pesquisa CNT/Sensus como segundo da corrida presidencial, o ex-governador Geraldo Alckmin descartou ontem a hipótese de concorrer ao Palácio do Planalto em 2010. Alckmin, no entanto, não foi tão categórico quando o assunto foi a prefeitura de São Paulo em 2008.
Embora repita que "não há razão" para discutir eleição agora, Alckmin não rechaçou a idéia de concorrer à prefeitura ou ao governo com a mesma veemência que fizera minutos antes ao falar da Presidência.
"Eu descarto [a idéia de concorrer à Presidência]. Já temos dois bom pré-candidatos. O Serra e o Aécio. Ou, se quiser em ordem alfabética, o Aécio e o Serra."
Confrontado com o fato de que descartava a Presidência mas não a prefeitura, reafirmou: "Não me coloco como candidato [à Presidência]. Em relação à candidatura 2008 e 2010, prefeito e governador, o que for, tudo tem seu tempo".
Alegando que essa é uma determinação partidária, Alckmin defendeu ainda o lançamento de candidatura própria à prefeitura no ano que vem. A proposta desagrada aos tucanos mais alinhados com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. "Acho que sim [que o PSDB deva lançar candidato em São Paulo]. Qual é a orientação partidária? É que nos 645 municípios, onde puder, deva ter candidato. Não é obrigatório. Mas, onde puder ter, tiver candidato viável, candidato com lastro eleitoral, é natural que tenha", argumentou.
Ainda que se dizendo "feliz" com a pesquisa, liderada pelo tucano José Serra, Alckmin admitiu o peso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a disputa de 2010. "É óbvio que o governo não pode ser subestimado", reconheceu, acrescentando, porém, que, sem reeleição, está otimista.
Antes, numa palestra no Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), Alckmin criticou a política tributária, à qual chamou de "manicômio".


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