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Documento final faz
referência a levantes
DA ENVIADA A SANTA CRUZ DE LA SIERRA
A "Declaração de Santa Cruz",
firmada pelos 21 chefes de Estado
da América Latina, Portugal e Espanha, durante a 13ª Cúpula Ibero-Americana, afirma que demandas sociais "insatisfeitas"
constituem uma "ameaça à governabilidade democrática".
Uma referência indireta aos levantes populares de outubro que
derrubaram o então presidente
boliviano, Sánchez de Lozada, e às
crises econômicas com reflexos
sociais que acometem a região.
"Recomendamos a busca de
mecanismos financeiros inovadores, destinados a assegurar a dita governabilidade e a contribuir
para a supressão da pobreza", diz
o texto, segundo o qual "a luta
contra a pobreza é essencial para a
consolidação da democracia".
O Brasil pediu que fosse incluído um tópico sobre a criação do
Fundo Internacional de Combate
à Fome, iniciativa do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, para o
fortalecimento das relações Sul-Sul. O fundo poderia se beneficiar
de apoio político e doações financeiras dos países ricos.
O texto pede o fortalecimento
da ONU e coloca o Conselho de
Segurança como órgão de responsabilidade "para a manutenção da paz e da segurança".
Ao tratar das relações internacionais e do comércio, a declaração rechaça "a aplicação unilateral e extraterritorial de leis e as
medidas contrárias ao direito internacional e à liberdade de mercado". De acordo com o embaixador brasileiro na Bolívia, Antonio
Mena Gonçalves, o Brasil vai cancelar parcialmente a dívida boliviana. "Posso garantir que o perdão da dívida será superior a
95%", disse. Segundo ele, a dívida
é de cerca de US$ 53 milhões.
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