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Governo adia votação
do foro privilegiado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para tentar aprovar hoje o projeto que garante foro privilegiado
para o presidente Fernando Henrique Cardoso depois que deixar
o cargo, os aliados do Planalto resolveram atrasar a votação de
mais dinheiro para o primeiro
ano de mandato do presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
O PT está publicamente contra
a proposta e, para garantir que ela
seja apreciada hoje, a base de FHC
retardou o envio da medida provisória 66 da Câmara ao Senado.
Por falta de quórum na sessão
de ontem do Senado, foi adiada
para hoje a votação do projeto de
lei que estende o foro privilegiado
de julgamento de ex-autoridades.
A votação exigia a presença de pelo menos 41 senadores em plenário e, até às 17h, havia 36.
"O Senado só vota a 66 depois
que votar o foro. Senão o futuro
governo do PT não vai ter dinheiro do Imposto de Renda e de outras fontes previstas na 66", disse
o vice-líder do governo, Romero
Jucá (PSDB-RR). "Não deixa de
ser chantagem, mas faz parte do
jogo político", reagiu o senador
José Eduardo Dutra (PT-SE).
Pela legislação atual, presidente
da República e ministros, governadores, secretários de Estado e
prefeitos respondem por crimes
comuns e de responsabilidade perante os seguintes foros especiais,
respectivamente: STF (Supremo
Tribunal Federal), STJ (Superior
de Tribunais de Justiça), Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e DF.
O projeto que está no Senado altera o Código de Processo Penal
para abranger ex-autoridades.
Outra novidade é a inclusão dos
casos de improbidade administrativa entre as ações que serão
julgadas em foros especiais.
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