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JUDICIÁRIO
Em discurso, senador chamou o Poder de "prostituído"
Desembargadores do TJ da Bahia querem processar ACM por "ofensa"
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Pelo menos 24 dos 30 desembargadores do Tribunal de Justiça
da Bahia decidiram processar o
senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), 78, pelo conteúdo de um discurso feito por ele na
última terça-feira, no Senado, em
classifica o Judiciário baiano de
"prostituído" e "desmoralizado".
A briga se acirrou após a eleição
para a presidência do TJ, na qual o
desembargador Benito Figueiredo derrotou dois concorrentes
-entre eles, o desembargador
Eduardo Jorge Mendes de Magalhães, irmão do senador.
Dias depois da eleição, o jornal
"Correio da Bahia", da família
Magalhães, publicou o conteúdo
de conversa telefônica, sem autorização judicial, entre o arquiteto
Fernando Fank e o advogado Luciano Cintra, irmão do desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, desafeto do senador. A fita teria sido distribuída aos integrantes do TJ por um motoboy desconhecido. Na conversa, Frank dizia
que Figueiredo venceria as eleições e admitia que pediu voto a algumas desembargadoras.
No dia 6, a desembargadora Aidil Silva Conceição enviou carta a
Frank afirmando que devolveria
um anel de brilhantes que ganhara dele dias antes da eleição.
"Vamos reagir contra um Judiciário prostituído", disse ACM,
em discurso no Senado.
Os 21 deputados estaduais da
oposição assinaram requerimento pedindo a instalação de CPI para apurar o responsável pela gravação clandestina entre Luciano
Cintra e Fernando Frank.
ACM afirma não temer o processo. "O que eles [desembargadores] querem é mudar o foco da
investigação."
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