São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

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CÂMARA

Ex-presidente da Casa, Aldo se diz candidato à sucessão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A disputa pela presidência da Câmara teve um novo capítulo ontem -o deputado Aldo Rebelo (PC do B) anunciou que entrou na concorrência. Ele, que ocupou o posto durante 2005 e 2006, disse que a intenção é fortalecer o bloquinho (PC do B, PDT, PSB, PMN e PRB) nacionalmente, visando as eleições presidenciais de 2010.
"O bloco precisa ter perspectiva política, construir uma força política própria e independente", disse ele, que foi vice na chapa da ex-ministra Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo.
Além dele, os deputados Ciro Nogueira (PP-PI) e Milton Monti (PR-SP) lançam sua candidatura oficialmente hoje. Todos tentarão derrubar o acordo firmado entre PT e PMDB que pretende levar Michel Temer (PMDB-SP) para o comando da Casa. Temer recebe hoje o apoio dos partidos de oposição (DEM, PSDB e PPS).

Senado
Um dos pareceres com o qual o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), tentará convencer hoje colegas de partido a apoiarem a sua tentativa de permanecer por mais dois anos no cargo não é taxativo, e admite a possibilidade de a decisão ser questionada judicialmente.
Assinado pelo ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Francisco Rezek, o parecer afirma que o pleito de Garibaldi por mais um mandato é "defensável", mas o jurista conclui o texto dizendo que, se houver contestação, "o deslinde da matéria no STF é imprevisível".
Garibaldi quer concorrer novamente argumentando que cumpriu um mandato "tampão", devido à renúncia de Renan Calheiros (PMDB), em dezembro de 2007. É proibida a reeleição do presidente na mesma legislatura.
Hoje, a bancada do PMDB se reúne para escolher o nome do candidato do partido à presidência da Casa. Líder do PMDB, Valdir Raupp diz que Garibaldi será o escolhido -ele prevê no máximo quatro votos contrários.
Nos bastidores, havia várias movimentações ontem em sentido oposto. O líder do governo no Senado, Romero Jucá, se valeu do imbróglio jurídico para questionar a intenção. Renan foi na mesma linha. (LETÍCIA SANDER E MARIA CLARA CABRAL)


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