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Corrupção reduz liberdade no Brasil, aponta ONG americana
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
A liberdade esteve em queda no Brasil em 2006. O motivo principal foi o aumento
da corrupção, refletido nos
escândalos que explodiram
ao longo do ano, e o envolvimento do PT em vários desses escândalos. A conclusão é
da ONG norte-americana
Freedom House, na edição
mais recente do levantamento que realiza desde 1972.
Segundo o estudo anual
"Freedom in the World" (liberdade no mundo), que divide os países em livres, parcialmente livres e não-livres,
o Brasil continua no primeiro grupo e leva nota 2 nos
dois principais quesitos, "direitos civis" e "liberdades políticas" -1 é a graduação máxima, 7 é a mínima.
O país apresenta, porém,
"tendência de queda", assim
explicada pelo relatório: "por
um aumento da corrupção
política, incluindo o envolvimento do partido do governo
em vários dos escândalos de
corrupção mais sérios".
Mais adiante, o texto diz
que houve declínio em países
considerados "livres" ou
"parcialmente livres", como
o Brasil, porque as "instituições democráticas continuam desorganizadas ou frágeis". O relatório é assinado
por Arch Puddington, um
dos diretores da ONG.
Baseada em Washington, a
Freedom House foi criada
em 1941, entre outros, pela
primeira-dama Eleanor
Roosevelt (1884-1962).
Apesar do crescente descaso do governo dos EUA pelas
liberdades civis, representado por decisões de manter o
programa de escutas telefônicas e vigilância eletrônica
mesmo para cidadãos americanos, o país continua com
nota 1 no quesito e não tem
tendência de queda.
Entre os 45 países considerados os "piores dos piores" em termos de liberdade,
estão Cuba, Coréia do Norte,
Turcomenistão, Uzbequistão, Líbia e Sudão.
Uma crítica especial é feita
à Venezuela, um dos nove
países das Américas considerados "parcialmente livres",
que se move "claramente na
direção do autoritarismo". A
Embaixada do Brasil nos
EUA não se manifestou sobre o relatório.
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