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Procurador-geral vai analisar procedimento de investigação
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A atuação do subprocurador-geral da República José Roberto
Santoro no caso Waldomiro Diniz abriu uma crise interna no Ministério Público Federal e levou o
procurador-geral da República,
Claudio Fonteles, a pedir informações à representação do órgão
em Brasília sobre o que foi apurado antes da remessa da investigação para o Rio de Janeiro.
Após analisar o relatório, Fonteles poderá determinar, em tese, a
abertura de um procedimento investigatório contra Santoro para
esclarecer se houve a quebra do
princípio do promotor natural,
pelo qual determinado fato deve
ser apurado por procuradores do
Estado onde ele ocorreu.
Santoro teria recebido do senador Antero Paes de Barros
(PSDB-MT) as fitas de vídeo do
caso Waldomiro e as repassado a
procuradores que atuam na área
penal em Brasília. O PT duvida
dessa versão e atribui a divulgação das fitas aos tucanos. O presidente do PT, José Genoino, chegou a acusar o presidente do
PSDB, José Serra. O tucano nega.
Os petistas baseiam suas suspeitas no fato de Santoro ter boas relações com o PSDB e ter atuado
no caso Lunus, que resultou na
desistência da pré-candidata à
Presidência Roseana Sarney, hoje
senadora pelo PFL do Maranhão,
após a apreensão de R$ 1,3 milhão
na empresa dela e do marido. O
caso, no começo de 2002, minou
as chances de Roseana ser a candidata governista ao Planalto,
abrindo o caminho para Serra.
Fonteles considerou incorreta a
atitude do subprocurador de
mandar as fitas por conta própria
a procuradores em Brasília.
A Folha procurou Santoro, por
meio de seu gabinete, mas ele não
foi encontrado.
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