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Não dá para apagar fogo com gasolina, afirma João Paulo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Caminhando na contramão de
vários dos líderes governistas no
Congresso, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP),
afirmou ontem que a hora não é
de "revanche" ou de tentativas de
"apagar fogo com gasolina".
O discurso de João Paulo se afina com a posição revelada ontem
pelo presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), mas é totalmente diferente do que pregou o
líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).
João Paulo, que deu entrevista
para mostrar sua posição, se referia ao acirramento da troca de
acusações entre a oposição e o governo em torno do caso Waldomiro Diniz e, principalmente, à
estratégia governista de intimidar
o PSDB com a ameaça de uma devassa em atos da gestão FHC.
"Quem quer ajudar o Brasil,
neste momento, não deve apagar
fogo com gasolina, não vale a pena ficar buscando revanche e algumas formas que, em vez de ajudar a acalmar os ânimos, acabem
acirrando mais", disse João Paulo.
As declarações foram dadas horas após a bancada petista no Senado ter proposto uma "ampla"
CPI, com investigação de todas as
eleições passadas, e momentos
depois de governistas e oposicionistas novamente trocarem acusações no plenário da Câmara.
O PSDB estava dividido em relação à CPI. Depois dos revides
governistas aos discursos de plenário, se uniu em favor da investigação. "Seguramente o comportamento deles foi fundamental
para isso", afirmou o deputado
Custódio Mattos (MG), que assumiu ontem a liderança da bancada do PSDB na Câmara em substituição a Jutahy Júnior (BA).
Paralelamente à troca de farpas,
os partidos da base aliada se reuniram para tentar sepultar a possibilidade de instalação de uma
CPI na Câmara.
(RANIER BRAGON)
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