|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Polícia Legislativa mantém sob sigilo investigação de tentativa de atentado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A tentativa de um atentado a
bomba ao gabinete do então
presidente da Câmara, Aldo
Rebelo (PC do B-SP), ficou de
fora do relatório oficial do Depol (Departamento de Polícia
Legislativa) que deverá ser entregue na próxima semana.
A Folha apurou, porém, que
há um relatório confidencial
sobre o caso, mantido sob sigilo
a pedido do próprio deputado.
O Depol não confirma oficialmente a existência do documento. Aldo está de licença e
não foi encontrado.
As informações foram checadas com três pessoas que tomaram conhecimento do fato à
época. Elas concordaram em
relatar o caso desde que não tivessem seus nomes divulgados.
O artefato foi encontrado por
um funcionário da limpeza da
Câmara na manhã do dia 16 de
junho, um sábado, mas pode
ter sido colocado no local no
dia anterior. A bomba estava
no gramado em frente às janelas de duas salas do gabinete da
presidência da Câmara. Não
havia ninguém no local.
Uma das salas era usada pelo
então chefe-de-gabinete de Aldo, Fredo Ebling Júnior. A outra era ocupada pela equipe da
assessoria de imprensa.
O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar foi
chamado para fazer a perícia
sobre o material. Constatou-se
que o explosivo, de fabricação
caseira, seria capaz de quebrar
os vidros das janelas e poderia
ter ferido presentes.
O explosivo não detonou
provavelmente porque o pavio
não foi feito de forma correta.
Ainda não se sabe quem poderia ser o autor. À época do incidente, Aldo estava sofrendo
diversas pressões. Dez dias antes da tentativa de atentado, o
então presidente da Câmara
havia mandado prender cerca
de 500 manifestantes do
MLST que invadiram e depredaram a Câmara.
(AC)
Texto Anterior: Ocorrência de crime "comum" aumenta 12% na Câmara Próximo Texto: Indefinição de ministério de Lula é recorde histórico Índice
|