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Coordenadoria deve mudar
da Reportagem Local
A Secretaria Municipal das Finanças de São Paulo planeja uma
reestruturação no setor da Coordenadoria da Dívida Pública depois da denúncia de envolvimento
de seus funcionários no escândalo
dos precatórios.
Dos 12 servidores que trabalhavam no local, pelo menos três estiveram diretamente envolvidos
com a fraude na emissão de títulos
públicos de Estados e municípios.
Além do ex-coordenador da área
Wagner Baptista Ramos, dois de
seus principais assessores, Pedro
Neiva Filho e Nivaldo Furtado de
Almeida, foram citados na CPI que
investiga o assunto. Os três foram
afastados de seus cargos.
Segundo a Folha apurou, o objetivo da reformulação na coordenadoria é evitar a concentração de
poderes nas mãos de alguns funcionários. Há ainda a questão prática da desestruturação do setor,
causada pelas três demissões.
De acordo com o projeto, o secretário das Finanças, José Antônio de Freitas, manteria um representante no órgão, mas com menos poderes do que tinha Ramos.
O ex-coordenador é apontado
pela CPI como o idealizador do esquema, que, só na cidade de São
Paulo, gerou R$ 10,39 milhões em
prejuízos aos cofres públicos.
Maria Helena Cella, ex-diretora
de contabilidade da Secretaria das
Finanças, trabalhou subordinada
a Ramos na coordenadoria antes
de ser promovida. Acusada de ter
participado das fraudes, Maria
Helena também foi demitida.
(PATRICIA ZORZAN)
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