São Paulo, terça, 18 de março de 1997.

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Coordenadoria deve mudar

da Reportagem Local

A Secretaria Municipal das Finanças de São Paulo planeja uma reestruturação no setor da Coordenadoria da Dívida Pública depois da denúncia de envolvimento de seus funcionários no escândalo dos precatórios.
Dos 12 servidores que trabalhavam no local, pelo menos três estiveram diretamente envolvidos com a fraude na emissão de títulos públicos de Estados e municípios.
Além do ex-coordenador da área Wagner Baptista Ramos, dois de seus principais assessores, Pedro Neiva Filho e Nivaldo Furtado de Almeida, foram citados na CPI que investiga o assunto. Os três foram afastados de seus cargos.
Segundo a Folha apurou, o objetivo da reformulação na coordenadoria é evitar a concentração de poderes nas mãos de alguns funcionários. Há ainda a questão prática da desestruturação do setor, causada pelas três demissões.
De acordo com o projeto, o secretário das Finanças, José Antônio de Freitas, manteria um representante no órgão, mas com menos poderes do que tinha Ramos.
O ex-coordenador é apontado pela CPI como o idealizador do esquema, que, só na cidade de São Paulo, gerou R$ 10,39 milhões em prejuízos aos cofres públicos.
Maria Helena Cella, ex-diretora de contabilidade da Secretaria das Finanças, trabalhou subordinada a Ramos na coordenadoria antes de ser promovida. Acusada de ter participado das fraudes, Maria Helena também foi demitida.
(PATRICIA ZORZAN)

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