|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Engenheiro inglês diz como escapou
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A MACAÉ
"Nós fomos acordados com um
estrondo enorme. Pensei que um
navio tinha batido na plataforma", disse o engenheiro elétrico
inglês Paul Raine, 44, que estava a
bordo da P-36 na hora do acidente, com outro inglês, também engenheiro, Andy Stayman, 42.
"Foi terrível, todo mundo correndo e gritando e ainda tivemos
de deixar para trás pessoas feridas", afirmou Raine. Os dois, que
trabalham para uma companhia
inglesa, ficariam na plataforma
até o próximo sábado.
Raine afirmou que só teve tempo de vestir a roupa e sair correndo. Ele e Stayman deixaram, cada
um, US$ 300, além de roupas e os
passaportes na P-36.
Raine, que há 11 anos trabalha
em plataformas, disse saber que
exerce uma profissão de alto risco
e que acidentes fazem parte da vida daqueles que trabalham com
extração e processamento de petróleo. "Mas também ganhamos
muito dinheiro e é por isso que estamos lá todos os dias."
Ele disse ter vivenciado uma situação muito difícil logo após a
explosão, ao perceber que haveria
feridos na P-36. "Estava apavorado, queria sair logo dali, mas foi
muito difícil deixar outras pessoas para trás", afirmou.
Os dois voltariam hoje para o
Rio de Janeiro para providenciar
novos passaportes e poder voltar
para a Inglaterra. "O que aconteceu foi horrível, mas não vou deixar de trabalhar em plataformas
por causa disso", disse Raine.
Texto Anterior: Primeiro corpo é resgatado da plataforma Próximo Texto: Operador não consegue esquecer acidente ocorrido em 84 Índice
|