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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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PAINEL

Segunda fase
Lula vai iniciar uma série de reuniões regionalizadas com governadores. A primeira será no Acre, nos dias 8 e 9 de maio, com os Estados amazônicos. O objetivo é discutir políticas de desenvolvimento regional e propostas para a segurança pública.

Tentando sensibilizar
Lúcio Alcântara (PSDB-CE) presenteou Lula com o livro "As Consolações da Filosofia", do suíço Alain de Botton. A obra ensina como lidar com as frustrações, com a falta de dinheiro e coisas do gênero. O governador disse que um exemplar do livro não sai da sua cabeceira.

Lenda tupiniquim
Insatisfeito com a proposta de elevação da idade mínima para a aposentadoria, João Felício (CUT) passou a chamar Lula de "Robin Hood às avessas". "Acabará punindo os mais pobres."

Tratamento desigual
Prefeitos petistas do interior da BA reuniram-se ontem com Nelson Pellegrino, líder do partido na Câmara. Reclamaram que, enquanto Lula nomeia carlistas para postos federais, eles nem mesmo são recebidos pelo governador Paulo Souto (PFL).

Chave errada
Parlamentares recém-chegados ao DF receberam senhas do Siafi (sistema de acompanhamento de gastos) que não dão acesso aos dados. Já reclamaram ao Ministério do Planejamento, que prometeu fazer a correção.

Olho vivo
José Roberto Arruda, que em 2001 renunciou ao Senado em razão do caso do painel, está de olho na cadeira de Joaquim Roriz (DF). O deputado avisou a amigos que, se o governador for cassado e o TRE convocar nova eleição, ele irá se candidatar.

Disputa interna
O grupo político de José Roberto Arruda (PFL) tem outros dois postulantes ao posto de Joaquim Roriz: o senador Paulo Octávio (PFL) e o deputado Tadeu Filippelli (PMDB).

Bolsa de sangue
Alertado da suposta fraude na licitação da compra de hemoderivados, o Ministério da Saúde quer transformar em pregão as suas concorrências. Com as propostas sendo apresentadas na hora, a possibilidade de irregularidades diminuiria.

Previsão de aliada
Marta Suplicy, pelo jeito, não anda muito otimista com a política econômica de Lula. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias que enviou à Câmara de SP, a petista prevê uma taxa básica de juros para o país de 20% para 2004. Na de Lula, a taxa é de 14,88%.

Bola de cristal
A previsão de Marta para o crescimento da economia em 2004 também é menor do que a de Lula. A prefeita, que diz esperar a "melhora do ambiente macroeconômico", calcula em 3%. O Planalto, em 3,5%.

Questão de prioridade
Alckmin não renovou a cessão à Ouvidoria da Prefeitura de SP do delegado Luis Rebello da Silva, que venceu em janeiro. Como o pedido de Marta para que ele pudesse continuar no órgão não foi respondido até agora, o delegado voltou para o Estado.

Outro lado
Rebello da Silva era o único delegado cedido à Ouvidoria de SP. O Estado diz que o caso ainda está sob análise e que ele poderia continuar na prefeitura até que uma resposta fosse dada.

Visitas à Folha
Eduardo Correia de Matos, diretor-presidente da Portugal Telecom Brasil S.A., visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Paulo Figueiredo, assessor de imprensa.
 
Gesner Oliveira, sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Da governadora Wilma Faria (RN), que não ficou satisfeita com o adiamento da definição sobre a cobrança do ICMS, se no destino ou na origem:
- A ação mais importante desses cem dias foi a capacidade de diálogo de Lula. Agora, é preciso avançar no sentido de enfrentar as desigualdades sociais e regionais. E a forma de resolver os problemas é mudar a cobrança do ICMS para o destino.

CONTRAPONTO

Pela moralidade

Lula reuniu os governadores na Granja do Torto na última quarta e definiu as propostas de reformas tributária e da Previdência, a serem encaminhadas ao Congresso no dia 30.
Foi acordado que haverá apenas uma legislação do ICMS. E que a Previdência passará a cobrar dos servidores inativos que ganhem acima de R$ 1.058.
Durante a reunião, todos os governadores puderam expor seus pontos de vista sobre as reformas.
Eduardo Braga (PPS), do Amazonas, aproveitou sua fala para defender a troca do nome da Zona Franca de Manaus para algo como "pólo industrial incentivado de Manaus".
Arrancando gargalhadas dos governadores presentes, Eduardo Braga completou:
- Está na hora de parar de falar da Zona Franca de Manaus! Até porque não é uma zona. E nem é tão franca assim...


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