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MST e PM entram em confronto em evento com petista
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Um grupo de aproximadamente cem manifestantes entrou em confronto, ontem à
noite, com a Polícia Militar em
frente ao hotel onde a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil)
participava de um seminário
sobre a crise econômica para
uma plateia de petistas, no centro de Belo Horizonte.
A polícia usou spray de pimenta e golpes de cassetete.
Manifestantes disseram que os
policiais atiraram com balas de
borracha e que havia dez feridos, o que a PM negou.
O grupo de manifestantes é
ligado ao MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem
Terra) e faz parte de um acampamento montado na semana
passada em um terreno baldio
pertencente a uma construtora, na capital mineira.
Os manifestantes cobravam
ação do governo federal sobre
moradia. À tarde, a ministra
participou do lançamento de
um conjunto habitacional do
programa Minha Casa, Minha
Vida, recém-lançado pelo governo Lula.
Tropa de choque
O evento realizado pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao
PT, era aberto a qualquer interessado. O comandante da operação da PM, coronel Sandro
Teatini, disse que a administração do hotel pediu que a polícia
impedisse a entrada de manifestantes, que bloquearam o
trânsito em frente ao prédio.
Por causa disso, teria começado a confusão. A administração do Dayrell Hotel negou que
tivesse feito a solicitação. Ao
comentar o episódio, o presidente da fundação, Nilmário
Miranda, ex-ministro de Lula,
afirmou também não ter feito
tal pedido à Polícia Militar.
Às 22h, 20 policiais da tropa
de choque da PM cercavam a
entrada do hotel. Cerca de 20
outros policiais também participaram da contenção ao protesto. A ministra Dilma deixou
o local por volta das 22h30.
Mais cedo, durante uma entrevista, a ministra da Casa Civil chorou ao falar de suas raízes em Minas. A petista se emocionou quando foi indagada sobre suas viagens a Belo Horizonte, onde nasceu e viveu até o
início da fase adulta. "É o som
da infância", disse ela.
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