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Petista diz que tem "adversários progressistas", e não "inimigos"
FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A BAURU E MARÍLIA
O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez coro ontem
com o presidente Fernando Henrique Cardoso, declarando que
seus adversários na corrida presidencial são todos "progressistas".
"Esta é uma eleição atípica, porque eu não tenho inimigos políticos, tenho adversários. Até porque já estive no mesmo palanque
que [José" Serra [PSDB", Ciro
[Gomes, do PPS" e [Anthony" Garotinho [PSB" em algum momento no passado", declarou Lula, durante visita à região de Bauru.
O petista citou como exemplos
de lutas comuns a resistência ao
regime militar e a campanha das
Diretas Já. No caso de Garotinho,
lembrou a campanha para o governo do Estado em 1998, quando
ele foi apoiado pelo PT.
"Temos condições de fazer uma
campanha com deferência, com
respeito. A menos que alguém me
ofenda na honra pessoal. Aí, vou
para a Justiça", declarou o petista.
Sobre a coincidência de pensamento com FHC, disse que "não
há erro em haver concordância".
"[Anteontem" mesmo, elogiei o
programa de direitos humanos
que o presidente apresentou."
Ele se disse de acordo com análises recentes de que todos os pré-candidatos a presidente estão
com discurso parecido. "Está todo mundo querendo ser de esquerda. Acho que estão copiando
o programa do PT." Lula disse
que quer governar com partidários de Ciro e Garotinho, mas não
quis responder se poderia buscar
o apoio dos tucanos.
Em Presidente Prudente (SP),
Lula ironizou a crise envolvendo
Henrique Alves, o ex-favorito a
ser vice na chapa de Serra. "Talvez
[o mercado econômico" esteja
agitado porque descobriram
quem é o vice dele [Serra"."
O petista saiu ontem em socorro dos deputados federais José
Genoino e Aloizio Mercadante,
tornando-se cabo eleitoral de seus
dois colegas de partido.
Genoino, pré-candidato do PT
ao governo de São Paulo, e Mercadante, que disputará o Senado,
têm tido dificuldades em deslanchar suas campanhas. De acordo
com a última pesquisa Datafolha,
Genoino tem 7% das intenções de
voto no cenário mais provável e
até agora não conseguiu quebrar
a polarização entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Maluf (PPB),
na casa dos 30 pontos.
Em eventos e entrevistas nas cidades de Bauru e Marília, fez
questão de elogiar seus companheiros de partido durante grande parte de seus discursos.
Colaborou EDUARDO SCOLESE, da
Agência Folha, em Presidente Prudente
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