São Paulo, sábado, 18 de maio de 2002

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SOMBRA NO TUCANATO

O dinheiro foi reinvestido no negócio

Previ diz que ainda não teve lucro com investimento em elétricas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, informou ontem que ainda não obteve lucro com os investimentos de R$ 2 bilhões que foram feitos em privatizações de estatais estaduais de energia, em parceria com o banco e a empresa espanhola Iberdrola.
O ingresso da Previ e do Banco do Brasil no consórcio liderado pela Iberdrola foi negociado pelo empresário Gregorio Marin Preciado, contraparente e ex-sócio do presidenciável tucano, José Serra, em um terreno em São Paulo, conforme mostra reportagem publicada pela Folha na última quarta-feira.
A Previ, o Banco do Brasil e a Iberdrola são sócios na Guaraniana, holding que administra os investimentos em empresas de energia. Entre seus ativos estão a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.

Reinvestimento
Segundo a Previ, todo o lucro que foi obtido pelos três sócios nos últimos anos foi reinvestido no negócio.
A equipe técnica do fundo de pensão do Banco do Brasil estima que a partir do ano que vem possa começar a obter retornos com esses investimentos.
"A Guaraniana optou pelo reinvestimento no setor de energia elétrica, dentro da ótica de que novas aquisições representam valorização dos ativos, na medida em que possibilitam maior sinergia entre as companhias", informou a Previ, em nota.
Na privatização do setor elétrico, afirma o texto, "quem entrou já sabia que, pelas regras do jogo, somente novas aquisições regionais dariam ganho de escala ao investimento".
"O ganho de escala traz diluição de custos administrativos e operacionais, como, por exemplo, a maior capacidade de negociação na compra de equipamentos", sustenta o informe da Previ, que também investiu nas usinas Itapebi, Termo Açu e Termo Pernambuco.
"O que levou a Previ a participar das aquisições subsequentes à da Coelba não foi a impossibilidade de ter o retorno do investimento a curto prazo. O objetivo com as novas aquisições era fortalecer para permanecer como investidor no setor elétrico, cuja característica inelástica o torna compatível com o perfil de longo prazo de um fundo de pensão", afirma ainda a nota.


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