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Novadata faturou R$ 273 mi desde início do mandato do presidente
MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pelas vendas de computadores
feitas para empresas estatais e órgãos da administração direta, a
Novadata faturou, do início do
governo Lula até ontem, pelo menos R$ 273,5 milhões. A empresa
de Mauro Dutra já liderava a vendas de equipamentos de informática ao governo e consolidou essa
posição depois da posse do amigo
Luiz Inácio Lula da Silva.
O grande empurrão para a Novadata ocorreu nos negócios com
a Caixa Econômica Federal. Os
contratos fizeram parte da estratégia do banco para ampliar a rede de correspondentes bancários
no país fora do domínio da multinacional GTech, pivô de um suposto caso de corrupção em 2003,
que levou à demissão de Waldomiro Diniz, até então assessor do
ministro José Dirceu (Casa Civil).
Em três pregões, a Novadata
conquistou contratos para a venda de R$ 95,1 milhões à Caixa Econômica Federal. Até pouco antes
das 17h de ontem, o Siafi (sistema
de acompanhamento de gastos da
União) contabilizava o pagamento de R$ 82,3 milhões à empresa.
Os negócios com a administração direta registraram um aumento no segundo ano de mandato de Lula, mas ainda assim ficaram aquém do volume de negócios fechados pela Novadata no
último ano do governo Fernando
Henrique Cardoso. Em 2002, as
vendas para o governo somaram
R$ 60,7 milhões, descontadas as
estatais. A Empresa de Correios e
Telégrafos fechou três contratos
com a Novadata no governo Lula:
o primeiro, em outubro de 2003, e
os dois últimos em agosto e setembro do ano passado. Total das
vendas: R$ 15,3 milhões.
Ou menos de 20% do valor total
dos contratos fechados pela Novadata com a Petrobras. Em dois
leilões disputados no governo Lula, a empresa de informática ganhou R$ 80,8 milhões.
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