São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2005

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Novadata faturou R$ 273 mi desde início do mandato do presidente

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pelas vendas de computadores feitas para empresas estatais e órgãos da administração direta, a Novadata faturou, do início do governo Lula até ontem, pelo menos R$ 273,5 milhões. A empresa de Mauro Dutra já liderava a vendas de equipamentos de informática ao governo e consolidou essa posição depois da posse do amigo Luiz Inácio Lula da Silva.
O grande empurrão para a Novadata ocorreu nos negócios com a Caixa Econômica Federal. Os contratos fizeram parte da estratégia do banco para ampliar a rede de correspondentes bancários no país fora do domínio da multinacional GTech, pivô de um suposto caso de corrupção em 2003, que levou à demissão de Waldomiro Diniz, até então assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil).
Em três pregões, a Novadata conquistou contratos para a venda de R$ 95,1 milhões à Caixa Econômica Federal. Até pouco antes das 17h de ontem, o Siafi (sistema de acompanhamento de gastos da União) contabilizava o pagamento de R$ 82,3 milhões à empresa.
Os negócios com a administração direta registraram um aumento no segundo ano de mandato de Lula, mas ainda assim ficaram aquém do volume de negócios fechados pela Novadata no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, as vendas para o governo somaram R$ 60,7 milhões, descontadas as estatais. A Empresa de Correios e Telégrafos fechou três contratos com a Novadata no governo Lula: o primeiro, em outubro de 2003, e os dois últimos em agosto e setembro do ano passado. Total das vendas: R$ 15,3 milhões.
Ou menos de 20% do valor total dos contratos fechados pela Novadata com a Petrobras. Em dois leilões disputados no governo Lula, a empresa de informática ganhou R$ 80,8 milhões.

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