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Walfrido diz que a operação não fragiliza o PAC
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) afirmou que a Operação
Navalha, deflagrada ontem pela Polícia Federal, não fragiliza
"de jeito nenhum" o andamento das obras do PAC (Plano de
Aceleração do Crescimento).
"Não vamos dizer que um
prédio de 30 andares vai deixar
de ser construído porque um
caminhão de areia foi mal administrado", disse após a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Segundo a PF, há indícios de
que obras do PAC e do programa "Luz Para Todos" foram sido alvo da quadrilha que fraudava obras públicas.
Segundo Walfrido, a operação não preocupa o governo. "O
que preocuparia seria exatamente o oposto, a gente não ter
competência para fazer a busca
e a procura das pessoas que não
estão agindo com compostura".
O ministro afirmou que o governo tem uma "preocupação
enorme" com os indicados para
o primeiro ao quarto escalão.
"Qualquer nomeação tem uma
pesquisa da folha da pessoa,
além da análise de currículo",
disse. Segundo ele, porém, não
há como "prever" que alguém
vá cometer uma irregularidade.
Entre os presos acusados de
integrar quadrilha que fraudava obras públicas está Ivo Almeida Costa, assessor especial
do Ministério de Minas e Energia. O ministro Silas Rondeau
determinou ontem o afastamento do assessor.
O ministro Tarso Genro
(Justiça) disse que não tinha
informações de que obras do
PAC pudessem estar relacionadas com as fraudes. Mas ressaltou que a operação é um fato
positivo para o Estado "porque
[os infratores] não vão poder
mais contabilizar propinas".
O porta-voz da Presidência,
Marcelo Baumbach, disse que
Lula não comentou o assunto,
por ser da alçada da PF e das
áreas competentes do governo.
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