São Paulo, sexta-feira, 18 de maio de 2007

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Walfrido diz que a operação não fragiliza o PAC

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais) afirmou que a Operação Navalha, deflagrada ontem pela Polícia Federal, não fragiliza "de jeito nenhum" o andamento das obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).
"Não vamos dizer que um prédio de 30 andares vai deixar de ser construído porque um caminhão de areia foi mal administrado", disse após a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Segundo a PF, há indícios de que obras do PAC e do programa "Luz Para Todos" foram sido alvo da quadrilha que fraudava obras públicas.
Segundo Walfrido, a operação não preocupa o governo. "O que preocuparia seria exatamente o oposto, a gente não ter competência para fazer a busca e a procura das pessoas que não estão agindo com compostura".
O ministro afirmou que o governo tem uma "preocupação enorme" com os indicados para o primeiro ao quarto escalão. "Qualquer nomeação tem uma pesquisa da folha da pessoa, além da análise de currículo", disse. Segundo ele, porém, não há como "prever" que alguém vá cometer uma irregularidade.
Entre os presos acusados de integrar quadrilha que fraudava obras públicas está Ivo Almeida Costa, assessor especial do Ministério de Minas e Energia. O ministro Silas Rondeau determinou ontem o afastamento do assessor.
O ministro Tarso Genro (Justiça) disse que não tinha informações de que obras do PAC pudessem estar relacionadas com as fraudes. Mas ressaltou que a operação é um fato positivo para o Estado "porque [os infratores] não vão poder mais contabilizar propinas".
O porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, disse que Lula não comentou o assunto, por ser da alçada da PF e das áreas competentes do governo.


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