São Paulo, segunda-feira, 18 de maio de 2009

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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Pré-sal lá

Sobre a viagem presidencial, no "Wall Street Journal" de hoje, adiantado na home: "Brasil se volta à China para reforçar projetos de petróleo".
Na longa reportagem, um consultor texano alerta que "é a nova geopolítica do petróleo, em que os negócios começam por entendimento político, cortando as companhias internacionais de petróleo". O jornal cita Exxon e Shell.
Na mesma linha, também sobre a turnê presidencial, na escalada do "Jornal Nacional" de anteontem: "O presidente Lula desembarca na Arábia Saudita para atrair investidores para o pré-sal".

 


Aprovada pela oposição na sexta-feira, a CPI da Petrobras deixou a escalada dos telejornais no sábado e a cobertura em geral no domingo.

RISCO
Na pouca repercussão que a CPI chegou a ter no exterior, no fim de semana, o espanhol "El País" sublinhou, pelo correspondente Juan Arias, que "a investigação pública da Petrobras (as sessões são televisionadas) constitui sem dúvida o maior e mais arriscado gesto da oposição".

MEDO
E no site da revista "Veja" o blog de Reinaldo Azevedo questionou DEM e também o PSDB, ontem, por não se apresentarem "muito entusiasmados", após aprovarem a CPI da Petrobras. Em destaque, perguntou: "As oposições estão com medo de se opor ou é só impressão?".

EM CUBA TAMBÉM
washingtonpost.com
Ontem no "Washington Post", "Reservas de petróleo no mar podem ajudar Cuba no degelo do comércio com os EUA". Afirma que "o fim do embargo pode estar nas profundezas, sob camadas de pedra e água". E conta que "as companhias americanas não estão esperando sentadas" e "todas têm planos" para agir assim que caírem os obstáculos.
Mas entrariam "em disputa já abarrotada de competidores internacionais, inclusive Repsol (Espanha), Petrobras (Brasil) e Statoil (Noruega)", que "estão explorando através de acordos com o governo Castro".

DAS ARÁBIAS
No topo das buscas de Brasil por Yahoo News e Google News, com despachos das agências, o balanço da viagem presidencial à Arábia Saudita. Na France Presse, "Lula saúda nova era nas relações". Na Reuters, "Brasil vai ajudar Arábia Saudita com alimentos". Na Bloomberg, "Brasil e Arábia Saudita vão expandir cooperação em comércio, mineração e petróleo".

ESTRATÉGICOS
Por aqui, a viagem foi manchete na BBC Brasil, à tarde com "Lula amplia acordos estratégicos com Arábia Saudita" e mais à noite com "Lula faz balanço positivo da visita", com contratos em setores "como o petrolífero".

MENORES
Já a estatal Agência Brasil, com eco em outros sites daqui, inclusive UOL, destacou das declarações presidenciais em Riad que "Lula critica senadores que assinaram CPI da Petrobras" por "questões políticas menores".

DA CHINA
Ontem no novo jornal estatal voltado a estrangeiros, "Global Times", e também no "China Daily", a longa entrevista de Lula à agência Xinhua sobre a viagem a Pequim. No destaque, "o presidente disse que a visita tem por objetivo reforçar a parceira estratégica, em três elementos-chave: comércio, cooperação científica e coordenação em assuntos internacionais".
Para "tornar mais sustentável e equilibrado o comércio bilateral", cobrou a importação de produtos industriais de maior valor agregado.

"CORRA, LULA, CORRA"
english.caijing.com.cn
Na manchete on-line da revista "Caijing", "Silva do Brasil: Cimentando Bric com a China"

Mais longa e com perfil simpático à sua "ascensão meteórica de trabalhador de fábrica com pouca educação formal a vencedor com a maior avalanche de votos na história do Brasil", a entrevista de Lula à revista independente "Caijing" foi postada no final da semana. Antes, o correspondente Raul Juste Lores já havia informado do texto, impresso sob o título "Corra, Lula, corra".
Com a tradução postada pela "respeitada revista", a AP ecoou destacando a afirmação de que "Brasil e China não deviam usar dólar no comércio". No trecho citado, "é maluco que [o dólar] seja a referência e que se dê a um país o poder de imprimir a moeda".


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