WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em meio à dificuldade de convencer senadores da base aliada a votar o mínimo de R$ 260, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que seu governo "tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil". O presidente reclamou do comportamento de alguns ministros, sem mencionar a briga por poder que atinge a Casa Civil e a Coordenação Política.
"Não posso ficar falando muito bem de ministro porque daqui a pouco ele pensa que está com a bola toda, então é preciso sempre medir o termômetro do elogio", disse. O ministro José Dirceu (Casa Civil), responsabilizado pelas últimas crises do governo, foi um dos mais elogiados por Lula desde a formação do ministério.
Apesar das ressalvas, durante o discurso, o presidente elogiou os ministros Agnelo Queiroz (Esporte) e Luiz Gushiken (Comunicação e Gestão Estratégica).
Lula discursou na abertura da 1ª Conferência Nacional do Esporte. Além de ler o discurso preparado por sua assessoria, falou de improviso. Disse que estava tentando convencer sua mulher, Marisa, que seus discursos fazem parte de sua ginástica diária e por isso são uma forma de perder peso. Ele trocou o nome da ginasta Daiane dos Santos pelo de Daniele. E disse que gosta de boxe. "Sou um amante do boxe, mas não vou contar minha história de boxeador", disse e imitou um boxeador.
Ao afirmar que nunca o esporte e o lazer foram tão amplamente discutidos no Brasil, Lula disse que precisava abrir um parêntese.
Segundo ele, muita gente se pergunta por que ele fala tanto "pela primeira vez". Ele mesmo respondeu: "Porque são coisas tão óbvias que nunca foram feitas, e nós somos obrigados a dizer que estão sendo feitas pela primeira vez. São coisas simples. As coisas difíceis, todo mundo pensa em fazer. As coisas fáceis, aquelas que na verdade mexem conosco diariamente, não têm tanta importância".


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