São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2004

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Novo modelo recebe críticas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O vice-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Mato Grosso do Sul, Antônio Castilho, disse que os sem-terra não vão aceitar o modelo de assentamento proposto pelo Incra para a segunda parte da fazenda Itamarati.
A CUT informa que comanda no Estado 22 acampamentos onde vivem 7.200 sem-terra.
Castilho afirma que na primeira parte da fazenda Itamarati, onde foram assentadas 1.143 famílias em 2001, o "sistema de produção coletiva não funcionou por falta de tradição e não funcionará com a gerência de empresas". Ele se refere ao sistema em que as famílias reservam uma área comum para plantar dentro do assentamento. No modelo proposto pelo Incra para a segunda parte da fazenda, empresas administrariam a produção em 13 mil hectares.
Jacob Banderg, um dos coordenadores do acampamento Nova Conquista, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), disse que "o pessoal por enquanto só ouviu falar [da proposta do Incra]".
"Enquanto a área não for paga, não há nada liberado. Nós não discutimos nada ainda", afirmou Banderg.
O acampamento Nova Conquista tem, segundo o MST, 543 famílias e está localizado ao lado da fazenda Itamarati, comprada pelo Incra.
A Agência Folha não conseguiu falar ontem com o superintendente do Incra, Luiz Carlos Bonelli. A assessoria do instituto informou que ele havia viajado para Corumbá (418 km de Campo Grande).


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