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ELEIÇÕES 2004
Russomanno, pré-candidato à Prefeitura de SP, diz que comissão de ética precisa de tempo para investigar ex-prefeito
PP manobra para adiar convenção de Maluf
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
O deputado federal Celso Russomanno (PP-SP), presidente do
diretório municipal do PP, disse
ontem que hoje irá adiar a convenção do partido na capital paulista, marcada, inicialmente, para
domingo. A nova data será dia 27.
Russomanno justificou a suspensão argumentando que a comissão de ética constituída por ele
para apurar supostas irregularidades cometidas pelo ex-prefeito
Paulo Maluf pediu uma prorrogação de mais uma semana para
apresentar suas conclusões.
"O relatório será entregue às
executivas Estadual e Nacional,
que decidirão o que fazer", disse.
O estatuto do partido dá poder ao
presidente do diretório para marcar a convenção.
Sem saber da decisão de Russomanno, que também é pré-candidato do partido à Prefeitura de
São Paulo, Maluf dedicou ontem
parte de seu tempo para gravar
programas eleitorais. Ele deve
contabilizar participação em três
programas populares e na propaganda política de seu partido.
Ontem à noite, já estava prevista
a sua presença no programa "Superpop", de Luciana Gimenez, na
Rede TV!. O ex-prefeito afirmou
que a ofensiva não é estratégia para alavancar sua imagem, desgastada com recentes denúncias de
que possui contas bancárias no
exterior supostamente alimentadas com dinheiro público desviado. "Não tem essa história de alavancar. Eu preciso expor o meu
programa de governo."
A maratona televisiva de Maluf
continua na segunda, quando ele
vai gravar participação no "Programa do Ratinho", do SBT. A
exibição deve ser na sexta-feira. Já
na terça, ele vai ao programa "Boa
Noite Brasil", de Gilberto Barros,
na TV Bandeirantes.
Ontem à tarde, Maluf gravou
trechos do programa político do
PP, que deve ir ao ar na próxima
segunda-feira. Durante a gravação, ele se defendeu das acusações
de corrupção e disse que não assinou a carta -divulgada pela imprensa nesta semana- na qual
ele pediria a transferência de dinheiro para seus filhos no exterior: "Essa letra não é minha, e eu
não assinei esse documento", dirá
ele na peça publicitária.
O Ministério Público de São
Paulo contratou o perito Ricardo
Molina para analisar a carta supostamente escrita por Maluf, na
qual há uma solicitação de transferência de saldo de uma conta na
Suíça para outra em Londres. O
ex-prefeito afirma não ter contas
no exterior e diz ser vítima de perseguição política.
A Promotoria deverá encaminhar na próxima semana cópias
dos documentos bancários enviados pela Suíça à CPI do Banestado, que deverá convocar Maluf
para depor.
(CHICO DE GOIS, VIRGILIO ABRANCHES, LILIAN CHRISTOFOLETTI)
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