São Paulo, domingo, 18 de junho de 2006

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outro lado

Acusado nega pagamento de propina ao STJ

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado de Roberto Bertholdo no processo em que é acusado de suposto tráfico de influência em processos no STJ (Superior Tribunal de Justiça), Cézar Bittencourt, informou que "nunca ocorreu" pagamento de propina a ministros do tribunal e que seu cliente "é vítima de uma perseguição".
O advogado afirmou que ainda não teve acesso a todas as peças do processo e que ingressou com um recurso junto ao TRF (Tribunal Regional Federal) para poder ver e analisar os documentos.
Segundo Bittencourt, os R$ 600 mil pagos em 2002 pelo empresário e cliente de Bertholdo, Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, foram "integralmente pagos na campanha eleitoral de 2002". Garcia foi candidato ao Senado e Bertholdo foi seu suplente. De acordo com o advogado, Bertholdo foi "absolvido" da acusação de lavagem de dinheiro no mesmo processo, em decisão da primeira instância.

Provas
"Há diversas provas testemunhais de que o dinheiro foi gasto na própria campanha de Tony Garcia", disse Bittencourt.
Em depoimento à Justiça Federal, Bertholdo também negou ter feito pagamentos para obter vantagens no Poder Judiciário. Segundo ele, as acusações de Garcia são "invenções" incentivadas pelo acordo de delação premiada que assinou com o Ministério Público.
O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Vicente Leal não foi localizado desde a última quarta-feira, véspera do feriado de Corpus Christi, para falar sobre o assunto. Vicente Leal não é acusado pelo Ministério Público Federal de irregularidades na concessão do habeas corpus em favor de Tony Garcia em agosto de 2002. (RV)


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