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outro lado
Acusado nega pagamento de propina ao STJ
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado de Roberto
Bertholdo no processo em
que é acusado de suposto tráfico de influência em processos no STJ (Superior Tribunal de Justiça), Cézar Bittencourt, informou que "nunca
ocorreu" pagamento de propina a ministros do tribunal
e que seu cliente "é vítima de
uma perseguição".
O advogado afirmou que
ainda não teve acesso a todas
as peças do processo e que
ingressou com um recurso
junto ao TRF (Tribunal Regional Federal) para poder
ver e analisar os documentos.
Segundo Bittencourt, os
R$ 600 mil pagos em 2002
pelo empresário e cliente de
Bertholdo, Antônio Celso
Garcia, o Tony Garcia, foram
"integralmente pagos na
campanha eleitoral de
2002". Garcia foi candidato
ao Senado e Bertholdo foi
seu suplente. De acordo com
o advogado, Bertholdo foi
"absolvido" da acusação de
lavagem de dinheiro no mesmo processo, em decisão da
primeira instância.
Provas
"Há diversas provas testemunhais de que o dinheiro
foi gasto na própria campanha de Tony Garcia", disse
Bittencourt.
Em depoimento à Justiça
Federal, Bertholdo também
negou ter feito pagamentos
para obter vantagens no Poder Judiciário. Segundo ele,
as acusações de Garcia são
"invenções" incentivadas pelo acordo de delação premiada que assinou com o Ministério Público.
O ex-ministro do Superior
Tribunal de Justiça Vicente
Leal não foi localizado desde
a última quarta-feira, véspera do feriado de Corpus
Christi, para falar sobre o assunto. Vicente Leal não é
acusado pelo Ministério Público Federal de irregularidades na concessão do habeas corpus em favor de
Tony Garcia em agosto de
2002.
(RV)
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