São Paulo, domingo, 18 de junho de 2006

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OUTRO LADO

Estatais têm autonomia, diz candidato

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de imprensa do candidato Geraldo Alckmin afirma que "as estatais têm autonomia e independência sobre as suas campanhas publicitárias". O ex-assessor especial de Comunicação de Alckmin, Roger Ferreira, diz que "todos os planos de mídia realizados na ocasião pelo Governo de São Paulo foram técnicos".
"O Governo do Estado de São Paulo tem o menor gasto publicitário por habitante de todo o setor público brasileiro. Reafirmo que as estatais têm inteira responsabilidade sobre as suas respectivas ações de comunicação", afirma Ferreira.
A superintendência de Comunicação da CDHU afirma que "o critério para a escolha dos veículos de comunicação nas campanhas de comunicação é 100% técnico".
"É estabelecido por pesquisas de mídia que levam em consideração o público alvo, a freqüência mínima para atingir os mais variados públicos", informou a companhia.
A CDHU repete o que a Sabesp sustentou em maio: "O critério adotado para a escolha dos veículos que recebem os anúncios das campanhas é simples e 100% técnico", afirmou Luiz Aversa, superintendente de Comunicação da empresa de saneamento básico. "De forma alguma houve direcionamento ou orientação política na construção do plano de mídia", disse Aversa.

Valores
As duas estatais mantêm a mesma argumentação do deputado Wagner Salustiano para não prestar informações sobre os custos dos anúncios. "A W.A.S. reserva-se o direito de não comentar, tendo em vista o caráter privado de tais informações, assegurando que houve regular emissão de notas fiscais, de acordo com a legislação vigente", disse André Boiani Azevedo, advogado que representa Salustiano.
"Por envolver relações comerciais com terceiros e para manter a confidencialidade das informações de caráter estratégico , a CDHU entende que os valores investidos nas campanhas não devem ser divulgados", informou a estatal à Folha.
A Sabesp argumenta que tem por norma não informar valores, "pois são frutos de negociação e programação específicas, com a participação da agência de publicidade". "Não nos parece ético divulgar valores individuais, até mesmo em respeito aos veículos e a seu corpo de anunciantes." (FV)


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