São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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Presidente da CCJ é suspeito de crime eleitoral

Polícia vê indícios de omissão de parte de recibos de doações; Picciani, do PMDB, diz desconhecer fatos

DA SUCURSAL DO RIO

Reportagem publicada ontem pelo jornal "O Globo" disse que há indícios de que o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, teria cometido crime eleitoral na campanha de 2006, segundo a Polícia Federal (PF).
Relatório da PF indica que parte dos recibos de doação de campanha de Picciani teria sido omitida da prestação de contas enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em nota oficial, a assessoria de comunicação de Picciani afirma que o parlamentar desconhece os fatos mencionados na reportagem. A nota também diz que a campanha de Picciani está rigorosamente dentro do que determina a legislação eleitoral e que a prestação de contas foi aprovada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
O relatório aponta ainda que o deputado Álvaro Lins (PMDB-RJ), ex-chefe de Polícia Civil do Rio, também teria usado caixa dois em sua campanha. De acordo com a PF, relação de despesas que Lins teria omitido na prestação de contas enviada à Justiça Eleitoral foi apreendida na casa do inspetor de Polícia Civil Mário Franklin Leite Mustrange de Carvalho, durante a Operação Gladiador, realizada em dezembro de 2006 para desarticular a máfia de caça-níqueis no Rio.
Segundo a PF, Carvalho foi caixa e administrador financeiro da campanha de Lins. Procurado pela Folha, o deputado Álvaro Lins não ligou de volta. O relatório da PF faz parte de inquérito enviado ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza.


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