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Presidente da CCJ é suspeito de crime eleitoral
Polícia vê indícios de omissão de parte de recibos de doações; Picciani, do PMDB, diz desconhecer fatos
DA SUCURSAL DO RIO
Reportagem publicada ontem pelo jornal "O Globo" disse
que há indícios de que o deputado federal Leonardo Picciani
(PMDB-RJ), presidente da
CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, teria
cometido crime eleitoral na
campanha de 2006, segundo a
Polícia Federal (PF).
Relatório da PF indica que
parte dos recibos de doação de
campanha de Picciani teria sido omitida da prestação de
contas enviada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em nota oficial, a assessoria
de comunicação de Picciani
afirma que o parlamentar desconhece os fatos mencionados
na reportagem. A nota também
diz que a campanha de Picciani
está rigorosamente dentro do
que determina a legislação eleitoral e que a prestação de contas foi aprovada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
O relatório aponta ainda que
o deputado Álvaro Lins
(PMDB-RJ), ex-chefe de Polícia Civil do Rio, também teria
usado caixa dois em sua campanha. De acordo com a PF, relação de despesas que Lins teria
omitido na prestação de contas
enviada à Justiça Eleitoral foi
apreendida na casa do inspetor
de Polícia Civil Mário Franklin
Leite Mustrange de Carvalho,
durante a Operação Gladiador,
realizada em dezembro de
2006 para desarticular a máfia
de caça-níqueis no Rio.
Segundo a PF, Carvalho foi
caixa e administrador financeiro da campanha de Lins. Procurado pela Folha, o deputado
Álvaro Lins não ligou de volta.
O relatório da PF faz parte de
inquérito enviado ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza.
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