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Ex-assessor de Lula pede que Renan se afaste
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O empresário Oded Grajew cobrou ontem que o
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, se posicionasse e pedisse o afastamento do presidente do
Senado, Renan Calheiros.
O Conselhão não deve tirar uma posição oficial sobre o assunto.
Grajew, que foi assessor
especial do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
no primeiro mandato, cobrou que fosse pedido o
afastamento de Renan do
cargo durante discurso para as autoridades presentes na reunião de ontem.
"Precisamos nos posicionar, no curto prazo, pelo afastamento do Renan
Calheiros", afirmou,
acrescentando: "É nossa
obrigação e responsabilidade, como membros da
elite intelectual, social e
empresarial do país, se posicionar sobre a crise do
Senado".
Grajew ressaltou que falar de reforma política, como faziam os integrantes
do Conselhão na manhã
de ontem, sem mencionar
a situação de Renan é como "discutir a cor da cortina da sala quando a casa
está pegando fogo".
Na platéia estavam Lula
e o ministro Walfrido dos
Mares Guia (Relações Institucionais). Lula discursou logo depois de Grajew.
Falou de quase todos os
assuntos mencionados até
então na reunião, mas se
absteve de comentar o caso Renan.
Após o encontro, Walfrido disse que esta decisão não cabe ao Conselhão
e que não pretende pôr em
votação a proposta apresentada por Grajew.
"Esse assunto que tange
o presidente do Senado é
exclusivamente do Senado. Não cumpre a nós do
conselho opinar, como um
todo, sobre o assunto",
afirmou.
Também ressaltou que
o Conselhão é um fórum
informal, que não tem o
poder de deliberar. E que a
crise envolvendo Renan é
um assunto do Senado.
Renan é suspeito de ter
despesas pagas por um lobista da Mendes Júnior.
Ele nega e, para provar que
tinha rendimentos, declarou ter ganho R$ 1,9 milhão com venda de gado
nos últimos quatro anos.
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