ALLAN DE ABREU
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A Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo isentou o Hemocentro e o HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto (314 km de SP) pela contaminação da menina I.C.N.S., 10, com o vírus HIV.
Ela recebeu sangue contaminado durante cirurgia feita no hospital em fevereiro de 2001 para a retirada de parte do intestino.
O promotor da Cidadania Sebastião Sérgio da Silveira recebeu o relatório da Vigilância na última quinta. Segundo ele, o texto isenta os órgãos pela contaminação porque seria um procedimento de risco, já que não há como detectar o vírus no sangue durante a "janela imunológica" -período de cerca de 20 dias em que o vírus não é apontado pelos exames.
A Vigilância diz também, segundo Silveira, que todos os meios para tentar reduzir esses riscos foram adotados na cirurgia. Mas o promotor disse que o relatório não encerra o inquérito.
Ele deve pedir, nesta semana, análise do texto ao Caex (Centro de Apoio à Execução), órgão que auxilia o Ministério Público em investigações especializadas.
Silveira disse que também deve ouvir a mãe da menina, I.S.N.
O promotor diz que a documentação será encaminhada à Promotoria Criminal para se apurar eventual crime de funcionários do Hemocentro e do HC. O caso também é investigado pela Promotoria da Infância e Juventude. O diretor do Hemocentro, Dimas Tadeu Covas, não foi encontrado ontem para comentar o assunto.


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