São Paulo, domingo, 18 de agosto de 2002

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PMDB leva a FHC crítica a Nizan Guanaes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No último dia 11, o deputado federal Michel Temer (SP), presidente do PMDB, teve uma conversa difícil com o presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio da Alvorada.
Temer fez um último alerta da contrariedade da cúpula do PMDB com a estratégia de marketing do candidato José Serra (PSDB). Temer transmitiu a avaliação da cúpula do PMDB de que discordava da estratégia implementada pelo marqueteiro Nizan Guanaes, resumida na frase "FHC e Serra não são clones", que leva o tucano a adotar um discurso ora governista, ora oposicionista.
Na avaliação dos peemedebistas, que fecharam aliança com Serra, essa estratégia não produziu resultado e insistir nela no horário eleitoral seria a receita para a derrota. Temer e os membros da cúpula do partido sempre defenderam a tese de colagem total no governo. Acharam infeliz o slogan apresentado por Nizan: "Serra, o melhor presidente para mudar a vida da gente".
A estratégia de Nizan se deve à leitura de pesquisas que apontam desejo de mudança em 70% do eleitorado. Registro histórico: a leitura dessas mesmas pesquisas levava Nizan a dizer meses atrás, antes de entrar na campanha de Serra, que o tucano não tinha chance nenhuma de se eleger presidente.
Segundo a Folha apurou, o próprio comitê de Serra constatou em pesquisas qualitativas o fracasso de todas as tentativas de descolar o candidato do governo. Os eleitores acham que o discurso de mudança de Serra tem pouca credibilidade porque ele é do partido de FHC, de quem é amigo e foi ministro em duas ocasiões. (KA)


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