São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2004

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Moradores confundem policiais com assaltantes durante operação

DA SUCURSAL DO RIO

Um delegado e dois agentes da Polícia Federal que participavam da megaoperação de caça a doleiros, no Rio de Janeiro, foram confundidos com assaltantes por moradores de um sofisticado edifício no Leblon, na zona sul da cidade.
Mal havia amanhecido, quando o carro da Polícia Federal parou em frente ao edifício nš 23 da rua João Lyra, à procura do suposto doleiro Ivan Moniz Freire, morador do prédio.
Como o porteiro demorou para abrir o portão, um agente pulou a grade e entrou na portaria. Logo em seguida, o portão abriu para os demais entrarem.
"É um assalto! É um assalto", gritava uma mulher, da janela de um apartamento. Os gritos atraíram a atenção dos funcionários e dos vizinhos. Alguém chamou a Polícia Militar, que enviou duas viaturas ao local.
A Polícia Militar parou as viaturas em frente ao edifício, fechando a rua. Soldados desceram armados, e também entraram no edifício. O mal entendido durou alguns minutos. Mesmo após a PF ter desfeito o equívoco, a PM manteve uma viatura no local.
O fato de os agentes estarem com colete da Polícia Federal não evitou que fossem confundidos com assaltantes por moradores. Com o crescente envolvimento de pessoas fardadas em assaltos, no Rio, a farda deixou de ser uma garantia de segurança.
À procura de informações sobre a atuação do doleiro Ivan Moniz Freire, policiais federais vasculharam uma imobiliária e o escritório da construtora Wellingthon's, no centro do Rio. Em ambos os casos, os proprietários afirmaram não ter relação com o doleiro.
O advogado Wellingthon Euclides Souza, 61, proprietário da empresa Wellingthon's Engenharia Construções Ltda., teve cinco computadores apreendidos.
(ELVIRA LOBATO)


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