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Moradores confundem policiais com assaltantes durante operação
DA SUCURSAL DO RIO
Um delegado e dois agentes da
Polícia Federal que participavam
da megaoperação de caça a doleiros, no Rio de Janeiro, foram confundidos com assaltantes por moradores de um sofisticado edifício
no Leblon, na zona sul da cidade.
Mal havia amanhecido, quando
o carro da Polícia Federal parou
em frente ao edifício nš 23 da rua
João Lyra, à procura do suposto
doleiro Ivan Moniz Freire, morador do prédio.
Como o porteiro demorou para
abrir o portão, um agente pulou a
grade e entrou na portaria. Logo
em seguida, o portão abriu para
os demais entrarem.
"É um assalto! É um assalto",
gritava uma mulher, da janela de
um apartamento. Os gritos atraíram a atenção dos funcionários e
dos vizinhos. Alguém chamou a
Polícia Militar, que enviou duas
viaturas ao local.
A Polícia Militar parou as viaturas em frente ao edifício, fechando a rua. Soldados desceram armados, e também entraram no
edifício. O mal entendido durou
alguns minutos. Mesmo após a PF
ter desfeito o equívoco, a PM
manteve uma viatura no local.
O fato de os agentes estarem
com colete da Polícia Federal não
evitou que fossem confundidos
com assaltantes por moradores.
Com o crescente envolvimento de
pessoas fardadas em assaltos, no
Rio, a farda deixou de ser uma garantia de segurança.
À procura de informações sobre
a atuação do doleiro Ivan Moniz
Freire, policiais federais vasculharam uma imobiliária e o escritório
da construtora Wellingthon's, no
centro do Rio. Em ambos os casos, os proprietários afirmaram
não ter relação com o doleiro.
O advogado Wellingthon Euclides Souza, 61, proprietário da empresa Wellingthon's Engenharia
Construções Ltda., teve cinco
computadores apreendidos.
(ELVIRA LOBATO)
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